Factos são factos e nada melhor que os números para o comprovar: o transporte dos 13 alunos da escola básica do primeiro ciclo (EB) de Rio de Moinhos, no concelho de Aljustrel, custará por mês aos cofres do Estado perto de 5.300 euros – 4.600 dos quais para a empresa transportadora e mais 700 para a auxiliar de acção educativa que, de manhã e de tarde, tem de acompanhar as crianças no trajecto de meia dúzia de quilómetros até à vila mineira. Ou seja, e resumindo, com o encerramento deste estabelecimento de ensino a “factura” a pagar pelo Ministério da Educação no final do ano lectivo não andará longe dos 53 mil euros… o suficiente para pagar a uma (ou duas)professoras e a uma auxiliar e manter a escola de portas abertas!
Ora sendo Nuno Crato, o actual ministro da Educação, um prestigiado professor de matemática – até com obra publicada –, não deixa de ser estranho que estas contas não tenham sido devidamente avaliadas na hora de decidir o encerramento da EB de Rio de Moinhos. Porque neste caso o Estado não poupa com a mudança das alunos para Aljustrel e a pequena aldeia vê uma parte de si “morrer” com a partida das crianças.
E o mais grave de tudo isto é o que o exemplo de Rio de Moinhos pode ser multiplicado vezes sem conta de norte a sul do país. E em todos estes casos, a matemática apenas serve para demonstrar na perfeição o quanto esta estratégia de encerramento, que já vem de anos a esta parte e afecta sobretudo os territórios do interior, está longe de cumprir os objectivos a que se propõe.

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