Está em cima da mesa o processo de reprogramação dos fundos comunitários. Um trabalho necessário, no sentido de evitar que Portugal tenha de devolver verbas a Bruxelas por falta de candidaturas e investimento. Mas também uma tarefa urgente, sobretudo quando perante as inúmeras lacunas por resolver em todo o território para as quais este dinheiro vindo da União Europeia pode ser fundamental.
Parece-nos claro que poucos – e na maior parte das vezes apenas por má-fé – desdenharão os avanços proporcionados ao país pela sua adesão à Europa comunitária. Desde há 30 anos a esta parte que Portugal deu um passo de gigante na sua infra-estruturação básica, nas acessibilidades, na educação e na investigação, na inovação e na coesão social. Tudo com um grande contributo da União Europeia.
Mas não querer isto dizer que este trabalho esteja concluído. Bem pelo contrário! O caminho a trilhar é ainda longo, sinuoso e cheio de escolhos. Os problemas de hoje já não são os de antigamente e as necessidades de outrora deram espaço a outras carências. E, acima de tudo, não se pode olhar para o país todo de forma igual assim como nesta Europa a 28 (em breve a 27) as nações são todas distintas entre si.
É por tudo isto que no processo de reprogramação dos fundos comunitários – nomeadamente os que estão alocados ao Portugal 2020 – que está em marcha é preciso ser assertivo no diálogo com Bruxelas e convencer aos restantes parceiros europeus que nem todas as verbas devem ir para a tecnologia ou para economia 4.0. Porque por muito que custe às elites (lá fora e até cá dentro), em muitas zonas de Portugal (e não só) ainda precisamos de reparar estradas, de fazer novos sistemas de abastecimento e de construir novas escolas. E é para isso que o dinheiro da União Europeia (também) deve servir.

Pároco de Castro Verde lança livro sobre D. José Patrocínio Dias
Um livro sobre o bispo José Patrocínio Dias, que liderou a Diocese de Beja entre 1920 e 1965, da autoria do padre Luís Miguel Fernandes,