O município de Ferreira do Alentejo já manifestou a sua “total oposição” ao fecho do serviço de Atendimento Complementar (AC) no centro de Saúde da vila, decidido pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
“A pretexto das dificuldades financeiras que o país atravessa, termina-se com um serviço médico de proximidade, fundamental para a população do concelho”, protesta o município, num comunicado assinado pelo presidente, Aníbal Reis Costa.
O encerramento do AC do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo, que vai ser concretizado a partir de 01 de outubro, nos dias úteis, foi divulgado segunda-feira pela ULSBA.
O serviço vai ser substituído por uma consulta de recurso, onde serão “observadas todas situações não urgentes dos residentes do concelho”, sendo as situações urgentes enviadas para o serviço de urgência do Hospital de Beja, explicou a ULSBA.
Mas, para o município de Ferreira do Alentejo, a população local vê-se, assim, “privada de um serviço básico de extrema importância na difícil situação social que atravessamos”.
A câmara municipal “manifesta total oposição à decisão” da ULSBA de “encerrar o Atendimento Complementar” no centro de Saúde, refere Aníbal Reis Costa.
O município promete ainda que “irá tentar, da forma possível, combater esta situação”, de molde a procurar “evitar o encerramento deste importante serviço de saúde”.
No comunicado de segunda-feira, a ULSBA esclareceu que “nunca houve serviço de urgência” nos concelhos de Aljustrel, Ferreira do Alentejo e Ourique. A existência de um AC nesses locais, entre as 08h00 e as 20h00, vulgarmente conhecido como “urgências”, “nunca foi compatível” com um serviço de urgência, sublinhou.
A ULSA justificou o fecho do AC de Ferreira do Alentejo com a necessidade “imprescindível” de tomar medidas “mais exigentes no que respeita à contenção de custos e à estabilização do crescimento do ritmo do endividamento” daquela unidade, “mantendo, em simultâneo, a qualidade assistencial do Serviço Nacional de Saúde e os atuais níveis de acesso”.
Tudo devido à conjuntura económica e financeira nacional e internacional, ao necessário esforço de consolidação das finanças públicas e ao memorando assinado com a “troika”, que “prevê um controlo mais estrito dos níveis de endividamento no sector empresarial do Estado, ao qual pertencem as entidades públicas empresarias (EPE) do setor da saúde, como a ULSBA.
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