Cabeça de lista da CDU no círculo de Beja nas Legislativas 2024, o enfermeiro (e atual deputado) João Dias afirma que o distrito “precisa de manter a presença de uma força coerente e de confiança que defenda sempre as populações e os interesses daqueles que cá continuam”.
Por que razão devem os eleitores do distrito de Beja votar CDU nas eleições Legislativas de 10 de março?
Porque, entre tantas outras razões, o distrito de Beja precisa de manter a presença de uma força coerente e de confiança que defenda sempre as populações e os interesses daqueles que cá continuam, apesar de tudo o que lhe continua a ser retirado e das promessas do costume, particularmente quando vamos para eleições. Nós sentimos as preocupações do nosso povo, pois estamos todos os dias do ano junto deles, procurando resolver os seus problemas. E já muitos foram conseguidos resolver graças a esta proximidade. O mesmo não podem dizer outros [partidos] com deputados no distrito e ainda outros que agora aparecem, quando sempre estiveram ausentes em decisões importantes para o desenvolvimento do nosso distrito. É importante não esquecer e termos memória, pois estes tempos são de muita propaganda e muita conversa, mas depois é que são elas e quem sofre são sempre os mesmos.
Sente que a CDU vai manter um deputado eleito pelo círculo de Beja?
Sim, sinto que existem todas as condições para a CDU manter o seu deputado e aumentar a sua influência. Pelo trabalho realizado com provas dadas, pela firmeza e coerência das nossas posições e das muitas propostas em prol do distrito, reconhecimento que vejo diariamente nos muitos contactos nesta campanha, mesmo daqueles que não são eleitores da CDU.
Sinto que existem todas as condições para a CDU manter o seu deputado e aumentar a sua influência.
Quais devem ser as prioridades do próximo Governo para o distrito de Beja?
Para além de uma política de valorização dos salários, reformas e pensões numa região muito envelhecida para garantir às famílias dignidade e melhores condições para viver, é preciso dinamizar a economia e a sua diversificação para além da azeitona, da uva e amêndoa. É precisa a concretização da mobilidade na área das vias – em muito mau estado geral – como o IP8, a eletrificação da linha férrea e a reposição da ligação direta de comboio entre Beja e Lisboa e também a ligação ao Algarve-Funcheira e o aproveitamento regional e nacional do aeroporto, com as respetivas vias de acesso. No plano da saúde, a construção da segunda fase do hospital de Beja e a recuperação do hospital de Serpa para o SNS, e a valorização e respeito pelos profissionais de saúde. No nosso programa apontamos outras propostas, designadamente na área do sector mineiro, na área da cultura e educação, creches e equipamentos para apoio aos nossos idosos.
Que investimentos devem ser prioritários para a região na próxima legislatura?
Diria que as medidas para a resolução das infraestruturas rodo-ferroviárias são muito urgentes, até porque, por exemplo em relação ao IP8, o Governo está a precipitar-se, colocando algumas camadas de alcatrão em cima da estrada existente, mandando “às urtigas” o projeto inicial, em desrespeito claro pela solução que devia ser estruturante para esta região e muitas vezes reconhecidas por todos.
O último Governo esteve em funções apenas dois anos – como avalia a sua ação no que ao distrito de Beja diz respeito?
Avalia-se como? Não vimos praticamente nada! Infelizmente!
* O “CA” entrevista, até sexta-feira, 1, os cabeças-de-listas pelo círculo de Beja dos partidos atualmente com representação parlamentar
