Alguns agricultores do Campo Branco estão a apostar na produção de cereais “amigos do ambiente”, sem recurso a pesticidas ou inseticidas, destinados à alimentação de bebés e crianças (baby food) ou para utilização na indústria cervejeira.
O projeto está ainda na fase embrionária, mas pode vir a constituir um novo “nicho de mercado” para a lavoura da região, onde impera o sequeiro e a pecuária extensiva.
“Esse projeto está agora a começar, com poucos agricultores e pouca área”, mas “encaixa bem no nosso sistema extensivo e de sequeiro”, garante António Francisco Colaço, da Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB), com sede em Castro Verde.
De acordo com este responsável, a produção de cereais com estas características está a ser desenvolvida através de uma parceria entre a Carnes do Campo Branco – Agrupamento de Produtores Pecuários, S.A., e a Escola Superior Agrária de Beja (ESAB), indo de encontro àquelas que são as atuais exigências do mercado.
“O mercado pede produtos de maior qualidade e de menor pressão de pesticidas. Por isso, há aqui um novo nicho de mercado, que é também um pouco mais valorizado” comercialmente, observa António Francisco Colaço.
Para este agricultores, este “pode ser um nicho a pensar e a dar um passo em frente” no Campo Branco.
“Até porque essa já é a linha de orientação dos cereais em Portugal no geral”, acrescenta.