Quando Vasco Martins, de 57 anos, regressou em definitivo da Suíça para viver em Castro Verde sentiu “algumas barreiras” na troca da carta de condução e na legalização da sua viatura.
“Acabei por até me desenrascar mais ou menos, mas creio que há outras pessoas que terão mais dificuldades”, confidencia ao “CA” este ex-emigrante, que esteve cerca de quatro décadas radicado em Lausanne.
É precisamente para situações como as que Vasco Martins teve de enfrentar na hora do “regresso a casa” que a Câmara de Castro Verde acaba de lançar o novo Gabinete de Apoio ao Emigrante (GAE).
O serviço, instalado no edifício do IN Castro, entrou em funcionamento no passado dia 1 de fevereiro e visa “informar e prestar apoio aos cidadãos portugueses e lusodescendentes nas áreas jurídica, económica, empresarial, entre outras”.
“Este é um serviço completamente gratuito e um canal privilegiado no contacto que se pode fazer com entidades oficiais. Poderá ser uma ferramenta muito importante de ajudar estes cidadãos”, nota o presidente da Câmara de Castro Verde, António José Brito.
Para o autarca socialista, “havendo este canal, poderá ser mais direto e acessível” o contacto com vários serviços, o que “será sempre um apoio importante” para os emigrantes.
O GAE de Castro Verde resulta de um protocolo de colaboração entre a autarquia e a Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, no âmbito do novo Programa de Apoio ao Investidor da Diáspora, promovido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros em parceria com o Ministério da Coesão Territorial.
Segundo a autarquia, este novo serviço, “completamente gratuito” vai permitir “informar e prestar apoio aos cidadãos portugueses e lusodescendentes nas áreas jurídica, económica, empresarial, entre outras”.
O GAE permitirá ainda “prestar aconselhamento a munícipes que pretendam regressar ou investir em Portugal ou emigrar, incrementando e acentuando as relações com os nossos munícipes e respetivos familiares residentes na diáspora”, acrescenta o município.
Para antigos emigrantes como Vasco Martins, esta é “uma boa iniciativa, que vai ajudar futuramente os que vão regressar e alguns que chegaram e estão com problemas”.
“Acho que foi uma boa iniciativa e que creio que vai ter sucesso”, diz ao “CA”.
A mesma opinião tem José Costa, 50 anos, que regressou há um par de anos de Aarau, também na Suíça, para residir na freguesia de Santa Bárbara de Padrões, de onde é natural.
“Não senti dificuldades, porque sabia mais ou menos dos acordos que havia entre Portugal e Suíça e, praticamente, tratei de tudo sozinho. Mas este gabinete faz muita falta a pessoas que não têm certas informações. Foi uma boa iniciativa da Câmara de Castro Verde”, conclui.