Os Bombeiros de Odemira precisam de mais voluntários, uma vez que os 63 elementos voluntários com que conta de momento ficam aquém das necessidades da corporação.
"O quadro tem-se ido reduzindo, o pessoal vai ficando velho. Neste momento somos no activo 63 bombeiros voluntários. Mas no mínimo, para a corporação funcionar bem e tendo em conta as quatro secções que temos – a 25 elementos cada –, precisávamos de ter 100 voluntários", assume ao "SW" o comandante dos Bombeiros Voluntários de Odemira (BVO).
De acordo com Nazário Viana, esta é uma dificuldade que se sente de norte a sul do país e que no caso de Odemira se transforma numa grande "dor de cabeça", sobretudo em termos operacionais.
"Esta situação coloca a nossa capacidade de resposta em causa. Principalmente no Verão, mas também no Inverno. Porque é quase sempre o mesmo pessoal que está de serviço e isso cansa. Uma coisa é ser voluntário, outra coisa é ser voluntário à força", sublinha.
Para fazer frente a esta carência e "seduzir" novos voluntários, os BVO já fizeram campanha nas escolas do concelho, distribuíram panfletos pela população e, no Verão de 2014, produziram um filme, que pode ser visto no Youtube (em www.youtube.com/watch?v=EWAa70eVW7E).
Muita pró-actividade com poucos resultados! "Vamos agora começar com um curso de estagiários, mas só temos quatro ou cinco" inscritos, revela Nazário Viana.
Na opinião do comandante dos BVO, uma das grandes dificuldades sentidas na captação de novos voluntários são as exigências legais, nomeadamente em termos de formação.
"Um bombeiro tem de ter muita formação, tem de saber de tudo um pouco", diz.
"Antigamente um bombeiro chegava, tirava um curso de primeiros-socorros e estava a trabalhar. Hoje não, tem de fazer 250 horas de formação! E depois há testes, formaturas… Um bombeiro para ser formado leva quase dois anos! Ou seja, a carga de formação é muito grande e leva muito tempo", conclui Nazário Viana.
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