Foi num dia frio de dezembro de 1924 que nasceu a Boliden AB, a nova proprietária da Somincor, concessionária da mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde.
Nessa altura, há já um século, a descoberta de um filão de “ouro puro” em Fågelmyran, perto de Boliden, na região de Skelleftea (Suécia), deu origem à então maior mina do mundo deste metal e a um grupo que é hoje uma multinacional nas áreas da mineração e da fundição.
Liderada por Mikael Staffas, a Boliden AB tem sede em Estocolmo, capital da Suécia, país onde detém três minas (Aitik, Boliden e Garpenberg) e duas unidades de fundição (Rönnskar e Bergsöe).
A empresa, que conta cerca de 6.000 trabalhadores, tem ainda uma mina na Finlândia (Kevitsa) e outra na República da Irlanda (Tara), assim como duas fundições na Finlândia (Kokkola e Harjavalta) e mais uma na Noruega (Odda).
A Boliden AB produz cobre, zinco, níquel, chumbo, ouro e prata, sendo que Aitik é a mina de cobre a céu aberto mais produtiva do mundo e a maior da Europa. Já Garpenberg é a mina subterrânea de zinco mais produtiva do mundo e Tara a maior mina de zinco da Europa, encontrando-se atualmente em manutenção.
Em termos globais, a companhia sueca é a oitava maior produtora mundial de zinco (à frente da Lundin Mining) e a sexta a nível mundial na fundição deste metal. Na fundição de cobre, a Boliden AB é 21ª maior empresa a nível mundial.
Em 2023, a empresa sueca produziu nas suas minas 195.370 toneladas de cobre, 89.449 toneladas de zinco, 9.943 toneladas de níquel, 46.262 toneladas de chumbo, 5.762 toneladas de ouro e 321.924 toneladas de prata.
A multinacional sueco-canadiana Lundin Mining anunciou, na segunda-feira, 9, a venda da mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, aos suecos da Boliden AB, num negócio que ascende a 1,44 mil milhões de euros e que inclui também a mina sueca de Zinkgruvan, devendo ficar concluído no primeiro semestre de 2025.
Mais informação na edição de 13 de dezembro do “CA”, já nas bancas