O Museu de Arte Contemporânea Jorge Vieira, em Beja, está fechado até Novembro para trabalhos de requalificação, num investimento de 20 mil euros, que inclui a reestruturação da funcionalidade do edifício e a conservação preventiva do espólio.
A requalificação do museu, sobretudo a “intervenção de fundo” no 1.º andar, vai permitir “melhorar as condições para exposições” do edifício, explicou hoje à Agência Lusa o vereador da Câmara de Beja, Miguel Góis.
Segundo o vereador, o edifício “tem grandes problemas de infiltrações e humidade, não tem uma constante de temperatura” e, por isso, “é de difícil climatização”.
Por outro lado, continuou, a requalificação vai permitir “expor mais obras” de Jorge Vieira e, desta forma, “dar a conhecer melhor o espólio riquíssimo” do escultor e artista plástico, cuja “maior parte das peças têm estado guardada” e “nem sempre nas melhores condições”.
A reestruturação da funcionalidade do edifício, sobretudo a intervenção no primeiro andar, inclui a reparação e reorganização da rede eléctrica, estabilização dos níveis de temperatura, luz e humidade e a reparação de portas e janelas, além de outros arranjos.
A intervenção inclui também trabalhos de conservação preventiva do espólio de Jorge Vieira, que faleceu em 1998 e é considerado uma das referências da arte contemporânea portuguesa.
Trata-se da colecção de 53 esculturas e 135 desenhos que o artista doou à Câmara de Beja, em 1995, e parte da qual tem estado em exposição permanente no museu com o seu nome.
Segundo Miguel Góis, o museu deverá reabrir no início do mês de Novembro e a exposição permanente de Jorge Vieira, anteriormente patente no rés-do-chão do edifício, vai ficar instalada no primeiro andar, que tem “melhores condições de preservação das obras”.
Além da exposição permanente, que vai passar a incluir mais peças, o museu irá mostrar também exposições temporárias, disse Miguel Góis.
O objectivo das exposições temporárias, explicou, é “mostrar ao público obras menos conhecidas” do espólio de Jorge Vieira, sobretudo desenhos, que, “por razões de espaço”, estavam guardadas.
No rés-do-chão do museu vão passar a funcionar os serviços e actividades pedagógicas e lúdicas relacionadas com as colecções.
Até agora, o rés-do-chão tem sido a zona de “mais difícil intervenção”, com “problemas estruturais” que “reaparecem sempre”, como se verificou em intervenções realizadas anteriormente.
