Aprovada dissolução da Empresa do Aeroporto de Beja que será liquidada dentro de 60 dias

Aprovada dissolução da Empresa do Aeroporto de Beja que será liquidada dentro de 60 dias

A Assembleia-Geral da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) aprovou quinta-feira à tarde, por unanimidade, a dissolução da empresa, que vai ser liquidada nos próximos 60 dias, disse à agência Lusa o presidente da EDAB.
Na reunião, os accionistas aprovaram a proposta do accionista maioritário, o Estado, e nomearam a comissão liquidatária, que tem 60 dias para liquidar a empresa, disse José Queiroz.
A comissão liquidatária é composta pelos actuais dois administradores da EDAB, o próprio José Queiroz e Manuel Barroso.
A partir de hoje, “a comissão liquidatária tem 60 dias para fazer a liquidação da EDAB, ou seja, avaliar o passivo, os activos e as dívidas da empresa, e para apresentar à Assembleia-Geral uma proposta de liquidação definitiva da empresa”, criada em 2000 para construir o aeroporto de Beja, explicou José Queiroz.
Em declarações à Lusa, após a reunião, Jorge Pulido Valente, presidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, que é accionista e preside à Assembleia-Geral da EDAB, mostrou-se preocupado “com o facto de a EDAB estar sem dinheiro para pagar os salários dos funcionários e assegurar as despesas correntes”.
Os accionistas minoritários esperam que a liquidação da EDAB “se resolva o mais depressa possível” e defendem que, até lá, “terá que ser o Estado”, enquanto accionista maioritário, “a assumir o pagamento dos salários dos funcionários e as despesas correntes” da empresa.
“Não faz sentido serem os outros accionistas, que não o Estado, a entrar com capital” para pagar os salários dos funcionários e as despesas correntes da EDAB, disse Jorge Pulido Valente.
José Queiroz confirmou que a EDAB, “uma empresa que nunca teve receitas”, “não tem recursos financeiros” para pagar os salários dos quatro funcionários e assegurar as despesas correntes.
“Como membro da comissão liquidatária da EDAB vou ter que falar com os accionistas, nomeadamente com o accionista maioritário, o Estado, e fazer propostas para que o problema se resolva”, disse José Queiroz.

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Correio Alentejo

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