Que razões levaram a Câmara de Almodôvar a criar este festival?
Temos vindo a afirmar uma estratégia de promoção do nosso concelho e dos seus patrimónios como factores de desenvolvimento. E é nessa estratégia que se insere a organização de um festival desta natureza, que faz a celebração da língua portuguesa a partir de uma realidade única que interessa potenciar: as escritas do Sul, que o Museu das Escritas do Sudoeste revela como um acontecimento relevante na evolução da humanidade.
Qual a mais-valia desta iniciativa?
Essencialmente o combate à iliteracia e a promoção da leitura junto dos públicos mais jovens. É um problema que se transforma em desafio, porque precisa de uma intervenção permanente e de criação de eventos que destaquem a necessidade de contactos com autores e livros. E sendo Almodôvar o epicentro das escritas do Sudoeste, seria contrário a qualquer estratégia de promoção deste património histórico ignorar os novos desafios da leitura e da língua portuguesa. Com este festival pretendemos valorizar a universalidade da língua portuguesa, não apenas nos espaço lusófono, mas também nos novos desafios das migrações e na aceitação da nossa língua junto de outros cidadãos, no reconhecimento do ensino do português como língua viva em vários países europeus.
Espera muita gente a assistir às diversas actividades agendadas?
Não obstante tratar-se de uma primeira edição, concebemos um programa bastante atractivo em todas as suas componentes, com figuras de bastante renome nacional e internacional e temáticas extremamente interessantes. Esperamos uma forte adesão da população, quer do nosso concelho quer de concelhos limítrofes.