O município de Alvito lançou uma marca para promover os produtos e potencialidades locais e vai implementar um plano de desenvolvimento até 2025 para dinamizar a economia do concelho, fixar população e atrair investidores, habitantes e turistas.
A marca “Alvito” nasceu do plano de marketing territorial encomendado pela autarquia ao Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE) e o plano de desenvolvimento estratégico foi elaborado, a pedido do município, pela Associação “Terras Dentro” em parceria com a Universidade de Évora.
Os planos traçam “metas reais de desenvolvimento” para o concelho de Alvito até 2025 e “definem estratégias para as alcançar”, disse hoje à agência Lusa o presidente da câmara, João Penetra.
A “ideia” foi definir estratégias e metas de desenvolvimento que possam ser seguidas e atingidas, a médio e longo prazo, “por todos” os executivos que passarem pela Câmara de Alvito, “independentemente da sua força política”, explicou.
Em Alvito, “a mudança política é frequente, o poder é muito volátil e, por isso, as estratégias de desenvolvimento ziguezagueiam de acordo com as forças políticas que estão na câmara”, disse.
Por isso, frisou, os planos contaram com a participação de parceiros, órgãos de soberania, população e empresários, para não serem “confundidos” com a força política que actualmente lidera a câmara, a CDU.
O plano de marketing concluiu que o “ADN” da marca “Alvito”, ou seja, “a herança cultural e os valores-chave e diferenciadores” do concelho, está ligado ao “conceito de economia da terra e da felicidade”.
Segundo João Penetra, a marca “Alvito”, desenvolvida a partir do conceito “Alvito, onde a felicidade é fruto da terra”, inclui seis submarcas associadas às áreas identificadas como “as potencialidades do concelho”: agricultura, natureza, cultura, património, gastronomia e turismo.
A marca “Alvito” servirá para “vender o território” e promover os produtos, serviços e potencialidades do concelho, disse o autarca, explicando que a marca pode ser usada como “um selo de garantia de origem de um produto local”.
Entre outras acções, o plano de marketing prevê criar “courelas comunitárias”, ou seja, terrenos locais serão arrendados a “aspirantes a agricultores”, que irão ter apoios técnicos, formativos e financeiros para criarem um “negócio rentável”, e a marca será o “chapéu” da abertura de canais de escoamento e comercialização dos produtos e serviços produzidos.
Segundo o autarca, o plano de desenvolvimento pretende “dinamizar” a economia do concelho, fixar população e atrair investidores, habitantes e turistas e vai ser implementado até 2025, sob a orientação de uma “célula de gestão”, ou seja, uma “organização independente” que envolve entidades locais públicas e privadas e a sociedade civil.
O plano aponta 10 medidas, como apoio à diversificação da base económica e aposta na valorização do património e na criação de produtos e serviços turísticos, adequação da formação e capacitação das pessoas para o mercado de trabalho, implantação ou melhoria de equipamentos e serviços sociais públicos e privados, reforço e diversificação de actividades culturais e desportivas.
