Apenas metade dos alunos carenciados das escolas de Beja conseguiram chegar ao final do ensino secundário sem reprovar em 2020/2021, sendo também este o distrito com níveis de equidade mais baixos.
Os dados são avançados pela Agência Lusa, tendo por base o portal Infoescolas, que revela que apenas 51% dos alunos carenciados matriculados nas escolas do distrito de Beja conseguiram concluir o ensino secundário no tempo esperado, ou seja, em três anos.
De acordo com a mesma fonte, trata-se da percentagem mais baixa registada em Portugal continental naquele ano letivo, sendo que a dificuldade não é apenas entre os estudantes beneficiários de ação social escolar uma vez que, olhando para todo o universo, 68% dos finalistas bejenses chegaram ao final do 12º ano sem chumbar.
O distrito destaca-se também pela negativa quando se olha para o indicador “equidade”, que permite comparar os resultados dos alunos mais carenciados com a média nacional, calculada tendo por base os alunos do país que, ao entrarem no ensino secundário profissional, tinham um perfil semelhante em termos de idade, apoios, habilitação da mãe e categoria da escola.
No caso de Beja, a diferença é de 17,3 pontos percentuais, um número bastante distante do segundo valor mais baixo, registado em Lisboa, onde a percentagem de alunos carenciados a terminar o secundário no tempo esperado é 6,4 pontos mais baixo face à média nacional.