A jovem Andreia Alves da Silva, natural de Castro Verde, foi uma das distinguidas com o Prémio de Mérito Caixa Geral de Depósitos/IGOT.
A distinção foi atribuída aos melhores alunos que terminaram as licenciaturas de Geografia e de Planeamento do Território no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) da Universidade de Lisboa, reconhecendo o seu “empenho, esforço e dedicação” ao longo dos três anos de curso.
“Esta bolsa é uma grande motivação a nível pessoal, porque é sentir que os objetivos que tinha foram atingidos. Isso faz-me sentir realizada e dá-me mais esperanças para criar novas metas”, reconhece a aluna de 22 anos ao “CA”.
Andreia Alves da Silva licenciou-se em Geografia e agora frequenta um mestrado em Geografia Física e Ordenamento do Território, também no IGOT, além de integrar dois projetos de investigação científica.
“Neste momento, estou focada em terminar os estudos com sucesso e os meus objetivos a curto prazo passam por desenvolver um leque competências ao nível da investigação, bem como trabalhar aspetos especialmente relacionados com as consequências das alterações climáticas”, conta.
A jovem castrense revela que optou por seguir Geografia por sentir que esta é uma “ciência fundamental para compreender o mundo”. “A Geografia permitiu-me desenvolver capacidades para pensar os problemas físicos e sociais numa perspetiva multidisciplinar e com uma visão holística do território”, pois “um geógrafo interpreta o mundo do geral para o particular, consciente dos problemas globais e solucionando-os à escala local”, advoga.
Por isso mesmo, é nesta área que Andreia Alves da Silva pretende seguir carreira profissional, uma vez que a Geografia e o Ordenamento do Território “comportam crescentes desafios para a sociedade, que merecem ter destaque e ser ouvidos”.
“Espero que ao longo do meu percurso académico e profissional possa contribuir para uma sociedade menos vulnerável e mais consciente. Pretendo fazê-lo ao estudar áreas de exposição face ao desequilíbrio dos sistemas físicos e biofísicos, bem como o risco que estes comportam”, diz.
A aluna natural de Castro Verde considero ainda ser “fundamental” existir “uma visão geográfica sobre o território, no sentido de contribuir para a implementação de políticas que garantam o seu ordenamento e gestão sustentável”.
“Por todos estes motivos, comunicar e sensibilizar é um desafio que encaro para o futuro, enquanto jovem geógrafa”, conclui.