A administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) vai ser julgada por abuso de poder pela vacinação contra a Covid-19 dos seus membros e de funcionários não incluídos em grupos prioritários.
Segundo adianta a Agência Lusa, o julgamento envolve seis arguidos e vai começar a 13 de fevereiro no Tribunal de Beja, depois do despacho de acusação ter sido deduzido a 28 de fevereiro de 2022.
A Lusa adianta ainda que, segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), os arguidos são os seis elementos que, no final de 2020 e em 2021, faziam parte do conselho de administração (CA) da ULSBA: Conceição Margalha (presidente e diretora clínica para a área dos cuidados de saúde primários), José Aníbal Soares (vogal executivo e diretor clínico para a área dos cuidados hospitalares), Joaquim Brissos (vogal executivo e enfermeiro diretor), Manuel Soares, Patrícia Ataíde e Iria Velez (todos vogais executivos).
De acordo com o MP, os seis arguidos estão acusados em coautoria material e na forma consumada de um crime de abuso de poder por, no início de 2021, alegadamente terem elaborado um “mapa” que permitiu vacinar quatro dos membros do conselho de administração e “centenas” de outros funcionários não pertencentes a grupos prioritários de vacinação.