Nem à primeira, nem à segunda!
A Câmara de Beja não vai mesmo aderir ao PAEL – Programa de Apoio à Economia Local, depois do chumbo da proposta pela maioria CDU durante a sessão extraordinária da Assembleia Municipal realizada esta segunda-feira, 16.
Criado pelo Governo, o PAEL permite às autarquias contrair um empréstimo para proceder ao pagamento de dívidas vencidas com mais de 90 dias à data de 31 de Março de 2012.
A Câmara de Beja pretendia um valor a rondar os quatro milhões de euros, a pagar em 14 anos e com uma taxa de juro de 4,015%, mas a proposta foi de novo chumbada pelos eleitos da CDU e pelo deputado municipal do Bloco de Esquerda, apesar dos apelos vindos das bancadas do PS e do PSD, que votaram favoravelmente.
O PAEL é um “retrato daquilo que é a ‘troika’ em Portugal, embora numa escala menor”, e “iria contribuir para o estrangulamento da autarquia”, justificou o comunista Rodeia Machado.
O eleito da CDU frisou ainda que o argumento utilizado pela autarquia de que o PAEL iria apoiar a economia local cai por terra devido ao facto da grande parte da verba em causa ser destinada a empresas nacionais como a Tecnovia, a quem a Câmara de Beja deve quase dois milhões de euros.
Por seu lado, o vice-presidente da Câmara de Beja, José Velez, voltou a defender que a reprovação do PAEL “tem consequências para o Município e para a economia local”, sublinhando que “as questões e os interesses partidários superaram os interesses do município”.
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