A seca no Campo Branco está a levar as explorações agrícolas locais a recorrer mais à utilização de depósitos de água para abeberar o gado, revela o presidente da associação de agricultores.
Em declarações ao “CA”, José da Luz Pereira, presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB), que tem sede em Castro Verde, diz que este ano se verifica “muita procura de depósitos de água”.
“Está-se a notar uma maior procura de depósitos do que aquilo que era de esperar”, afiança o dirigente da associação, que abrange os concelhos de Castro Verde e Almodôvar e parte dos de Aljustrel, Mértola e Ourique.
Segundo o mais recente boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final de julho mantinha-se a situação de seca meteorológica em Portugal Continental, com grande parte do Baixo Alentejo e Barlavento Algarvio em seca moderada.
Já a zona de Alvalade do Sado e o Sotavento algarvio estavam em situação de seca severa.
Confrontado com estes dados, o presidente da AACB refere não ter “informação de nenhuma caso complicado ou de falta de água” no Campo Branco.
Ainda assim, José da Luz Pereira admite que a frota de depósitos de água da associação, que são cedidos aos agricultores, está a ter “grande procura, mais do que se esperava”.
“Praticamente, vai estar tudo na rua esta semana”, afirma.
O dirigente associativo frisa igualmente que já se nota “que tudo é que é barrancos e ribeiros está seco”.
“Não sendo uma situação dramática, mas está-se a notar falta de água”, acrescenta.
Apesar desta situação, José da Luz Pereira observa que, “hoje em dia, e em relação aos outros anos”, as explorações agrícolas da região “estão melhor preparadas” para enfrentar a seca.
“Todas têm os seus próprios meios de transporte de água”, depois de terem “recorrido a programas de ajuda” que apoiavam a aquisição deste tipo de equipamentos, concluiu.