Trabalhadores da EPOS em Neves-Corvo em greve

Trabalhadores da EPOS

Cerca de 200 trabalhadores da EPOS na mina de Neves-Corvo (Castro Verde) estão em greve contra o que consideram ser “cortes abusivos” nos seus salários.
A paralisação dos trabalhadores deste subempreiteiro na Somincor começou no turno da noite da passada quinta-feira, 31 de Janeiro, depois destes terem constatado que os salários pagos pela administração da Empresa Portuguesa de Obras Subterrâneas continham “descontos abusivos”, revelou o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM).
“Indignados com esta situação, os trabalhadores decidiram não baixar à mina”, adiantou o coordenador do STIM, Jacinto Anacleto, citado pela Rádio Castrense (Castro Verde). O mesmo responsável disse igualmente que os trabalhadores da EPOS não estão a receber o subsídio de laboração contínua, apesar de cumprirem esse horário, e que o trabalho aos feriados está a ser remunerado como se fosse “um dia normal”.
“O STIM está com os trabalhadores, até porque isto não se tratam apenas de cortes por via dos impostos que foram aumentados. Tratam-se de cortes abusivos nos salários dos trabalhadores. Por exemplo, um trabalhador que recebia entre 900 e 1.000 euros tem depositado na sua conta 300 euros. Isto é inadmissível”, acrescentou o sindicalista.
O STIM já solicitou uma reunião com a administração da EPOS, mas ainda não obteve resposta positiva. Entretanto, ainda não existe um prazo para o regresso dos trabalhadores deste subempreiteiro ao serviço. “Os trabalhadores estão disponíveis para a luta até que haja uma decisão favorável aos trabalhadores”, garantiu Jacinto Anacleto.
Liderada por Miguel Simões, a EPOS é uma empresa especializada na execução de grandes empreitadas de trabalhos subterrâneos. Além de Neves-Corvo, tem também trabalhadores nas minas de Aljustrel.

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Correio Alentejo

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