A actual “situação duríssima” de Portugal, devido à crise, é abordada em “Estado de Excepção”, a mais recente coreografia de Rui Horta, em cena nas cidades de Sines, esta sexta-feira, 15, e de Évora, no domingo, 17.
Os dois espectáculos, no Centro de Artes de Sines (CAS) e no centenário Teatro Garcia de Resende, em Évora, enquadram-se no projecto "Formação de Novos Públicos", promovido pela Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo).
“Estado de Excepção”, pode ler-se na sinopse da criação coreográfica de Rui Horta, “é o fracasso olhado como sucesso, é a poética do fracasso que sublima a crise e se entrega à rebelião e à luta”.
“A crise sempre foi um ruído de fundo por trás das nossas vidas, sempre houve momentos de recolher obrigatório. A violência da perda é o que nos faz avançar”, explica o coreógrafo no mesmo texto sobre a produção.
Em declarações à Agência Lusa, em Janeiro, quando o espectáculo esteve em cena no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, Rui Horta explicou que esta sua criação aborda a actual “situação duríssima” do país.
O seu mais recente trabalho multidisciplinar de teatro, dança e música, acentuou, está relacionado com o estado de excepção que Portugal está a viver: "A situação é difícil e duríssima, mas não nos impede de sonhar e de criar".
"Este é o contexto em que vivemos actualmente: perdemos direitos e questionamo-nos se irá passar de uma excepção a uma regra", observou o criador, responsável pelo centro multidisciplinar O Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo.
A criação de Rui Horta é interpretada pelos bailarinos Anton Skrzypiciel e Teresa Alves da Silva, assim como pelos actores Miguel Borges e Pedro Gil.
Com direcção artística e espaço cénico de Rui Horta, o espectáculo conta ainda com música original e interpretação ao vivo de David Santos, dos Noiserv..
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