A EDIA garante que o projecto de Alqueva tem capacidade “para satisfazer todas as necessidades de água para a agricultura na região equipada pelo sistema”, estando apenas limitado “pela capacidade dos adutores às diferentes albufeiras”.
Em comunicado, a empresa do Alqueva rejeita assim as críticas de que tem sido alvo nos últimos tempos por parte de algumas associações de regantes, lembrando que se estas necessitam “de 20, 30 ou 40 milhões de metros cúbicos” de água e sabem que o seu sistema tem capacidade para debitar cerca de sete milhões por mês, “então esse volume de água terá de ser solicitado à EDIA vários meses antes”.
A empresa dá o exemplo da ABORO, que gere a barragem de Odivelas, que terá solicitado à EDIA, a 9 de Março, 37 milhões de metros cúbicos a serem fornecidos de Maio a Setembro. Mas a 19 de Abril, continua a empresa, a ABORO decidiu antecipar esse pedido, solicitando que o volume de 37 milhões de metros cúbicos fosse colocado em Odivelas até ao dia 30 de Maio.
“Fácil é de perceber que em muito menos de metade do tempo será impossível cumprir o que deveria ser feito em quatro ou cinco meses, e disso a EDIA deu conta à ABORO”, argumenta a EDIA, para logo acrescentar que “garante o reforço do fornecimento de água a todos os perímetros de rega confinantes com Alqueva, desde que o respectivo pedido seja efectuado com a antecedência mínima de acordo com o caudal que em cada caso o sistema pode garantir”.
“Se essa gestão for respeitada, como acontece nos cerca de 85 mil hectares que hoje regam efectivamente a partir de Alqueva e geridos pela EDIA, então não haverá razões para sobressaltos”, conclui a empresa.
