Profissionais da GNR em Serpa estão metade do mês sem folgar

Profissionais da GNR em Serpa estão metade do mês sem folgar

A Associação dos Profissionais da Guarda afirma que militares da GNR do Alentejo ficaram metade do mês de Agosto a trabalhar sem folgar, uma situação considerada "inadmissível e violadora da lei".
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, 27, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG-GNR), na região Sul, refere que, em Serpa, a realização da “V Feira Histórica e Tradicional”, de sexta-feira a domingo, "obrigou a que os profissionais deixassem de usufruir da sua folga semanal neste fim de semana" para garantir a segurança do evento.
E aponta ser uma "situação inadmissível, violadora da lei e que coloca os profissionais a trabalhar 14 dias ininterruptamente".
"O responsável da tutela vem afiançar que não faltarão condições de serviço aos profissionais das forças de segurança, com certeza que pretende ignorar a realidade de muitos postos territoriais do país", critica a APG.
No caso do Alentejo, são realçadas "as condições físicas de alguns postos, como é o caso de Serpa, em que os profissionais para fazerem a sua higiene têm que atravessar um pátio enrolados numa toalha, com uma frota automóvel envelhecida e [onde] também escasseiam os efectivos".
Na semana passada, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, defendeu que "não pode, naquilo que é essencial, faltar condições para que as forças de segurança assegurem um trabalho que é absolutamente essencial para a comunidade nacional".
Para a APG, "seria positivo que as declarações do senhor ministro fossem acompanhadas de medidas práticas, pois é esta a realidade, a da falta de condições de serviço, a da falta de efectivos", como na área de Beja, onde a GNR "tem deixado de ter visibilidade por falta de elementos, com consequências na segurança das populações e dos próprios profissionais".

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Correio Alentejo

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