Produção de ovinos no Campo Branco sem quebras

Apesar da seca e do acentuado aumento dos custos com alimentação e com outros fatores de produção, o efetivo de ovinos na região tem-se mantido “estável”, com cerca de 150 mil animais, afiança ao “CA” o presidente da Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB), António Aires.

“Em relação a 2023, e olhando para a nossa zona de intervenção, o número de ovinos não baixou no Campo Branco. É um bom sinal, apesar de termos baixado nos bovinos”, diz o dirigente da associação sediada em Castro Verde e que abrange também os concelhos de Almodôvar e Ourique e parte dos de Aljustrel e Mértola.

Segundo António Aires, “havendo uma redução de bovinos, existe mais disponibilidade para os ovinos”.

“E depois há uma adaptação do maneio [destes animais] à região”, continua o presidente da AACB, confirmando que os preços de comercialização de ovinos “têm estado estáveis”.

Na opinião do dirigente agrícola, a produção de ovinos continuará a ser determinante na agricultura do Campo Branco, que tem pela frente muitos desafios, desde as alterações climáticas à sustentabilidade ambiental… e económica!

“Temos de ter sustentabilidade social, económica e ambiental. E a produção de ovinos ajuda a esta sustentabilidade do território”, advoga António Aires, para quem “o grande desafio é manter os produtores e criar condições para eles sobreviverem”.

“E manter as pessoas no território. Por vezes, esquecemo-nos disso! Temos de manter as pessoas no território e evitar o seu abandono”, acrescenta.

É nesse âmbito que o presidente da AACB considera ser necessário “dar um passo em frente” e “valorizar” cada vez mais os produtos da região.

“Por exemplo, temos um borrego de alta qualidade e por vezes não é fácil chegar ao mercado com a diferenciação que gostávamos que chegasse”, exemplifica.

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Correio Alentejo

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