A aljustrelense Ana Capeta viu o poste “travar” o seu remate à baliza dos EUA e a possibilidade de voltar a fazer história com a camisola da Seleção Nacional de futebol feminino.
O lance, já em tempo de desconto, acabou por ser o momento decisivo do jogo entre Portugal e EUA, a contar para a terceira jornada da fase de grupos do Mundial feminino, que decorre na Nova Zelândia e Austrália e que se realizou na manhã desta terça-feira, 1, terminando empatado a zero.
“Foi por meros centímetros que não concretizámos mais um sonho”, disse a atleta natural de Aljustrel no final do jogo, que ditou o adeus de Portugal ao Mundial, acrescentando: “Confesso que sonhei naqueles milésimos de segundo em que fui ao chão. Sonho em todos os remates e desde que entro em campo. Sonhei que poderíamos estar a fazer história e eliminar os EUA pela primeira vez numa fase de grupos”.
Ainda assim, a avançada do Sporting considerou que “o maior sonho de todas enquanto jogadoras de futebol foi concretizado”.
“Quem viu esta partida em casa e não souber que os EUA são campeãs do mundo, acho que não ficou a saber. Fomos muito superiores e estragar a série da Netflix ia ser qualquer coisa”, observou Ana Capeta.
A atleta baixo-alentejana mostrou-se igualmente orgulhosa do percurso feito pelas “Navegadoras” durante a competição.
“Somos muito unidas dentro de campo e aquilo que podemos não ter em técnica ou tática temos em raça e querer. Nunca nos vencerão nisso. O balanço que faço é que estamos cheias de orgulho. Foi um Mundial positivo. Espero que tenha sido o primeiro de muitos”, concluiu.