A Diocese de Beja tem vindo a registar uma vaga de furtos em diversas igrejas da região durante os meses de Julho e Agosto, tendo sido roubados quantias em dinheiro, computadores, peças de arte sacra e valores pessoais dos padres e diáconos.
Fonte do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese adianta ao “CA” que os assaltos verificaram-se nas paróquias de Almodôvar, Castro Verde, Mértola, Odemira e Ourique, além de São João Baptista, a paróquia mais frequentada da cidade de Beja, com sede na igreja do Carmo.
“Os maiores problemas verificaram-se, ao que tudo indica, em Odemira, de cuja casa paroquial foram subtraídos, além de outras peças de interesse patrimonial, uma coroa de prata do século XVII, pertencente à imagem da padroeira da vila, que é obra de grande valor artístico e devocional. A residência do pároco foi devassada de alto a baixo pelos ladrões, que conseguiram arrombar o cofre onde se encontravam guardadas essa e outras alfaias litúrgicas, levando-as consigo”, acrescenta a mesma fonte.
Já em Ourique, o padre local viu-se “desapossado de um relógio, de fios de ouro e de outros objectos de estimação que pertenciam ao seu pai, falecido há poucos dias”, enquanto na igreja do Carmo, em Beja, “que possui um vasto espólio de arte sacra, também desapareceram valores dignos de referência”.
“Porém, o que mais penalizou a paróquia foi o furto de um computador onde um cónego ao serviço da instituição, de 82 anos de idade, guardava os seus escritos sobre história e teologia, o que representa uma perda difícil de reparar”, acrescenta o DPHA.
Para os responsáveis pelo Departamento, “a situação está a escapar ao controle da Diocese”, sendo que até no Seminário de Beja, situado no interior da cidade, “têm vindo a desaparecer não só máquinas agrícolas e outros equipamentos, mas também esculturas e mobiliário antigo”.
