O Observatório do Baixo Alentejo (OBA) reuniu na terça-feira, 6, em Lisboa, com António Costa Silva, autor da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020-2030”, promovido pelo Governo. Segundo o OBA, durante o encontro foram analisadas as suas propostas para o desenvolvimento da região “apresentadas durante o período de consulta pública do documento que baliza as prioridades de investimento para a próxima década”.
Sobre a mesa esteve “a criação do supra-território do Sudoeste Ibérico, defendida pela Observatório, e a afirmação do Baixo Alentejo como região decisiva para o desenvolvimento de Portugal, na procura de respostas para os problemas decorrentes do agravamento das situações de pobreza, desertificação e despovoamento”, sublinha o OBA em comunicado.
A mesma fonte acrescenta partilhar a visão proposta por António Costa Silva “para que Beja seja a capital mediterrânica de luta contra a desertificação, encontrando soluções que permitam minimizar os efeitos das ameaças climáticas e da escassez de água, numa perspectiva territorial igualmente centrada na interligação entre os principais activos da região (Alqueva, aeroporto de Beja e Porto de Sines), na valorização do mar, no aprofundamento das relações transfronteiriças com a Andaluzia e na cooperação com os países do Norte de África”.
Durante a reunião com António Costa Silva a delegação do OBA vincou igualmente “a importância estratégica da criação de um eixo ferroviário de mercadorias que ligue Sines a Beja e que fortaleça o eixo Sines-Beja-Sevilha, com principal incidência na dinamização do aeroporto de Beja como hinterland ibérico e de relacionamento com o norte de África, a partir de uma infra-estrutura aeroportuária industrial e de logística”.
