Nelson Brito. “PS vai disputar a vitória em todos os concelhos do distrito de Beja”

Depois de vencer as eleições para a Federação do Baixo Alentejo e ser reeleito com 61% dos votos para o seu terceiro mandato, Nelson Brito revela ao “CA” as metas do PS na região para os próximos dois anos, com as Autárquicas 2025 “no horizonte”.

Venceu as eleições para a Federação do Baixo Alentejo (FBA) do PS com a expressão que esperava?

Foi uma vitória! Sempre que há um ato eleitoral, é com afinco e entrega que o encaro e foi isso que fiz durante este período de campanha interna, com um conjunto de militantes que fizeram esta caminhada ao meu lado. E aquilo que senti antes de ir para o ato eleitoral é que uma grande parte das pessoas me pedia que continuasse disponível para o partido. A vitória correspondeu a esse diagnóstico. Em termos de expressão, o que acho importante é que das 15 secções que foram a votos no PS, 12 colocaram à frente a nossa candidatura e o projeto que nós oferecemos.

A Federação sai unida deste processo eleitoral ou existe algum risco de divisão?

Por perceber que haveria outra candidatura, coloquei logo como visão futura que após estas eleições é a palavra união que tem de imperar. E espero que de alguma forma isso seja possível, sendo que da minha parte estou completamente disponível para que assim seja. Aliás, o meu percurso no PS tem sido sempre feito nesse sentido de unir. É uma palavra que tenho colocado sempre na minha ação política ao longo destes anos. A união não se apregoa, pratica-se. Mas havendo duas candidaturas, há sempre questões que têm de ser ultrapassadas. Agora tem que imperar um espírito de camaradagem e a visão de que somos todos socialistas a seguir ao ato eleitoral.

Uma das novidades para este mandato é o facto de a FBA passar a ter um coordenador autárquico. Confirma que vai ser o ex-autarca de Mértola, Jorge Rosa, a desempenhar essas funções?

Sim, confirmo que será o Jorge Rosa o coordenador autárquico, que irá, obviamente, constituir uma equipa, pois esta figura do coordenador autárquico não deve começar e esgotar-se numa só pessoa.

Porquê esta necessidade?

Vamos criar a figura do coordenador autárquico na lógica do ano que aí vem, com campanha e eleições Autárquicas, para que haja um acompanhamento por parte da FBA a todos estes processos em cada um dos concelhos. Mas esta figura vai revestir-se também de grande importância numa segunda fase, no pós-eleições. É muito importante que haja um acompanhamento em dois sentidos, antes e depois das eleições.

O PS, no quadro regional do Baixo Alentejo, é a única força partidária que disputará todas as eleições de igual forma em todos os concelhos.

Os autarcas fizeram-lhe notar esta necessidade?

Sim, é um diagnóstico que temos feito de algum tempo a esta parte, ou seja, que os eleitos – independentemente de estarem em projetos vencedores ou serem oposição – carecem sempre de um apoio muito forte da própria Federação e daquilo que é uma estratégia que temos de ter.

Neste momento, o PS lidera 10 das 14 câmaras municipais do distrito de Beja. É realista pensar num resultado desta dimensão nas Autárquicas de 2025?

O que é realista é que o PS vai disputar a vitória em todos os concelhos. Uns porque é a força que está no poder e noutros porque é a força que pode ambicionar o poder. Portanto, o PS, no quadro regional do Baixo Alentejo, é a única força partidária que disputará todas as eleições de igual forma em todos os concelhos. Iremos lutar para ser a força maioritária na região, não porque queiramos o poder pelo poder, mas sim por aquilo que para nós é o mais importante: continuar a oferecer às nossas populações progresso, aumento da qualidade de vida e defender os interesses da região.

Quando conta ter o processo de escolha de candidatos autárquicos fechado?

Há todo um processo que iremos desencadear agora, de auscultação nos 14 concelhos, junto de eleitos e dos militantes, para que possamos ver da disponibilidade de cada um. É um processo que irá decorrer no próximo trimestre e penso que a partir do princípio do ano iremos estar em condições de perceber quem são aqueles que querem continuar e aqueles que poderão vir a ser os candidatos ou candidatas nos vários concelhos aos vários órgãos.

A mudança de ciclo político que ocorreu no país, com o Governo agora liderado pela coligação PSD/CDS-PP, pode “influenciar” as eleições Autárquicas e penalizar o PS?

Não creio! As pessoas, cada vez mais, não votam por uma matriz ideológica, mas sim por uma matriz de confiança, de conhecimento das equipas ou pelo facto de se reverem nos candidatos. Há hoje, fruto da maturidade democrática que o Baixo Alentejo tem, uma disponibilidade muito grande dos eleitores para aquele que é o seu “porto seguro”, a pessoa ou o conjunto de pessoas que mais lhes dizem e mais lhes transmitem confiança para poderem abraçar os destinos da sua freguesia, da sua assembleia municipal ou da sua autarquia. Por isso, o melhor papel que o PS pode prestar à região é oferecer os melhores, para que efetivamente transmita essa confiança, o que tem acontecido nos últimos anos e nas últimas eleições. É esse o caminho que temos de continuar a fazer!

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Correio Alentejo

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