O Clube Náutico de Mértola perdeu um contrato de quatro milhões de euros com a Federação Russa de Canoagem devido a restrições ambientais.
A situação é denunciada pelo deputado do PSD eleito por Beja, Mário Simões, que na passada semana visitou o município mertolense no âmbito do roteiro “14 Semanas, 14 Concelhos”, tendo aproveitado a ocasião para comprovar o trabalho desenvolvido por diversas instituições, entre as quais o Náutico de Mértola.
Durante a visita, Simões teve conhecimento de que o clube perdeu um contrato com os russos no valor de um milhão de euros por ano, ao longo de quatro anos, “porque a legislação é muito restritiva e arcaica, impedindo a utilização de barcos a motor” na Tapada Grande para o acompanhamento dos treinos.
Na opinião do deputado do PSD, esta é uma situação “lamentável e absurda”, lembrando que, por exemplo, na albufeira de Alqueva já “navegam inúmeras embarcações a motor que são obrigadas a respeitar as restrições de natureza ambiental, o que deveria ter sido seguido na Tapada Grande”.
Mário Simões “condena” esta legislação “obsoleta e restritiva”, que, “muitas vezes é, infelizmente, potenciada pela insensibilidade social e económica de quadros e dirigentes da administração pública”, defendendo que se exija apenas “o uso de barcos com características diferentes, nomeadamente no uso de biocombustíveis”.
