Miguel Ângelo sobe este sábado, 26, à noite ao palco do Teatro Pax Julia, em Beja, para apresentar o seu primeiro álbum a solo, intitulado precisamente… "Primeiro"!
Posto um ponto final nos Delfins, com quem somou muita estrada ao longo de 25 anos, Miguel Ângelo surge agora com o primeiro disco a solo, editado em 2012 e muito ouvido na rádio, que se estreia em absoluto em palco no Teatro Pax Julia!
“Lembro-me do Pax Julia numa tour que os Delfins realizaram já perto do final de carreira. E tenho muito boas memórias. Engraçado, porque nos primeiros anos os Delfins tocavam muito no Alentejo”, conta Miguel Ângelo em entrevista ao “CA”, adiantando que a estreia em Beja, agendada para as 21h30, se justifica porque a sua tour “se concentrou mais a Norte, por razões que têm a ver com a programação dos auditórios” – “Achámos por bem começar a Sul”, diz.
Em Beja, Miguel Ângelo assentará o seu concerto num disco que foi escrito e produzido por ele próprio e gravado com os músicos Rui Fadigas (baixo), Mário Andrade (guitarra eléctrica), Rogério Correia (guitarra) e Samuel Palitos (bateria). No alinhamento de “Primeiro” fazem parte os temas “Os meus pés a andar”, “A casa dos sonhos”, “Boa noite” e, claro, “Precioso”, que é o grande destaque e se tornou muito conhecido por fazer parte do genérico da novela “Dancin Days”, que a SIC está a exibir.
Confiante que em Beja o disco será apresentado “num local confortável e com boa acústica, ‘mais junto’ das pessoas”, o músico não esconde que, quando apresenta temas inéditos, gosta de o fazer “de modo mais íntimo”.
“Quando os temas são mais conhecidos, aí sim, parte-se para a estrada, para o ar livre. Não quer dizer que não faça já também esse tipo de espectáculos, até porque misturo com os inéditos alguns clássicos da minha carreira”, revela.
Uma carreira que está numa nova fase que, segundo adianta Miguel Ângelo, “tem sido muito interessante, pacífica mas sem perder a carga emocional”. “Desde as gravações até aos primeiros espectáculos, tenho sentido a mesma chama, a mesma motivação. E o mesmo interesse e carinho do público”, confessa.
Para muitos, o novo disco reflecte o amadurecimento de Miguel Ângelo enquanto músico. Para outros, não é mais do que uma extensão da obra dos “Delfins”, embora em nome individual.
O cantor admite que isso pode ser verdade, mas “apenas indirectamente, visto que são canções escritas e cantadas” por si. Contudo, destaca que este álbum de estreia a solo “é definitivamente um disco de autor, ao contrário dos discos do grupo”. “É mais autobiográfico, se calhar até mais contido. E aí sim, é possível que tenha a ver com o amadurecimento”, conclui.
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