Uma investigação efectuada no IPBeja no âmbito de uma tese de doutoramento resultou no registo da patente de um tratamento de águas residuais de pequenas queijarias.
A patente “Tratamento de Águas Residuais da Indústria de Queijo, Mediante Processos em Série de Precipitação Química, Neutralização Natural e Biodegradação Aeróbia”, já aprovada, resultou de uma investigação da aluna Ana Rita da Silva Prazeres, em parceria com a Universidade da Extremadura e orientada pela professora do IPBeja Fátima Carvalho.
Segundo o IPBeja, as águas residuais formadas em queijarias rondam em média cinco litros por cada litro de leite transformado e têm “uma carga poluente até 30 vezes a da água residual doméstica”.
Actualmente, os tratamentos existentes “não são eficazes para fazer face” à elevada carga poluente, “o que representa na maioria das vezes a sua descarga sem tratamento prévio”, refere o IPBeja, frisando que “a investigação que deu origem à patente conduziu a resultados que irão permitir resolver um problema ambiental”.
"O que esta patente tem de inovador é o facto de utilizando apenas um reagente, uma tecnologia de muito baixo custo, a agitação, e o dióxido de carbono do ar, nós conseguimos tratar a água residual do queijo, de modo a que ela possa ser utilizada na rega de culturas, como fertirega. E este tratamento também viabiliza os tratamentos de afinação capazes de tornar esta água apta a ser descarregada no meio hídrico", explica ao "CA" a docente Fátima Carvalho.
