Hospital de Évora já tem hemodinâmica 24 horas por dia

Hospital de Évora já tem

A Unidade de Hemodinâmica do Hospital de Évora, aberta desde 2009, passou a funcionar 24 horas por dia, deixando o Alentejo de ser a única região do país sem este serviço em permanência para vítimas de enfarte.
A unidade, integrada no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), trata doentes com problemas cardíacos e permite a realização de angioplastias (desobstrução de artérias através de cateterismo) fundamentais para tratar enfartes, mas não estava a funcionar em regime permanente.
“O Alentejo era a única região que não tinha este tratamento disponível 24 horas por dia, todos os dias. Agora, a unidade passou a estar aberta permanentemente para o tratamento de situações emergentes”, disse à Agência Lusa o cardiologista Renato Fernandes.
O médico responsável pela Unidade Funcional de Angiografia e Cardiologia de Intervenção (ou Unidade de Hemodinâmica) do HESE lembrou à Agência Lusa que “a principal causa de morte no mundo é o enfarte”.
Quanto a Portugal, acrescentou, “as estatísticas mostram que as doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte, mas os números não separam o enfarte e o AVC”.
As vítimas da doença coronária podem ser tratadas mediante um medicamento dado numa veia, para dissolver coágulos, ou através da angioplastia primária, em contexto de enfarte emergente.
“A angioplastia primária é o melhor tratamento para o enfarte. Tem melhores resultados em termos de mortalidade e de morbilidade, a curto e a longo prazo”, esclareceu.
A Unidade de Hemodinâmica do HESE já servia doentes dos distritos de Évora e de Portalegre, mas, ao entrar em funcionamento 24 horas por dia, passou também a servir o distrito de Beja, evitando que utentes sejam transferidos para Lisboa.
“Estamos a falar de perdas de tempo muito grandes, de três ou quatro horas, o que, do ponto de vista do enfarte emergente, é uma catástrofe. Com a possibilidade de serem tratados aqui em Évora, tudo é feito muito mais rapidamente e com muito melhores resultados”, argumentou o médico.
Uma “mais-valia clara”, na opinião de Renato Fernandes, porque o tratamento de doentes que são vítimas de enfarte “depende muito da celeridade com que é feito”.
Desde 2009, a Unidade de Hemodinâmica do Hospital de Évora já realizou “mais de mil angioplastias”. Deste total, “só no ano passado foram feitas 400”, realçou o médico.

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Correio Alentejo

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