Futuro dos lares da Cruz Vermelha em Beja “em avaliação”

Cruz Vermelha (logo)

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) está a avaliar as condições dos dois lares que tem na cidade de Beja e só depois decidirá o futuro destas respostas sociais, anuncia o presidente da direção nacional da instituição.

“Há, de facto, uma avaliação que estamos a fazer para ver o que será melhor e que intervenção será a adequada”, diz ao “CA” o presidente da CVP, António Saraiva.

O dirigente acrescenta que, por isso, “é especulativo dizer, como tem circulado, que vamos encerrar as duas estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI) de Beja, pois não há nenhuma decisão nesse sentido”.

António Saraiva reagia a questões colocadas sobre o eventual encerramento das casas de repouso José António Marques e Henry Dunant, ambas no centro histórico da cidade alentejana e geridas pela CVP. As duas respostas sociais acolhem, no total, cerca de 60 utentes e contam 25 colaboradores.

Segundo o presidente da CVP, que esteve em Beja nesta quarta-feira, 24, as atuais condições dos edifícios que acolhem as ERPI não permitem “prestar a qualidade de serviço” que a instituição pretende.

É neste quadro que a Cruz Vermelha tem vindo a avaliar o futuro destas valências, em conjunto com a Segurança Social, a Câmara de Beja e outras entidades envolvidas na área do apoio social.

“Faremos essa avaliação e veremos o que se pode fazer. Mas uma garantia que já demos é que a CVP, até pelos seus sete princípios básicos, não deixará ninguém desprotegido e acautelaremos a situação, quer dos utentes quer dos nossos colaboradores”, frisa.

Questionado sobre se a avaliação em curso se deve também à sustentabilidade económica destas respostas sociais, António Saraiva assume que esta é motivada, “fundamentalmente, pelo estado dos edifícios”.

“Há todo um conjunto de exigências legais que, se hoje tivéssemos que abrir dois lares em Beja, não poderiam ser naqueles sítios onde os temos”, afiança, acrescentando que as críticas à CVP lembram “a velha máxima do ‘preso por ter cão e preso por não ter’”.

“Se nada fizermos, um dia poderíamos ser acusados de ter ali 60 utentes em condições pouco dignas. Se vamos intervir, ‘aqui d’el rei’ porque estamos a pensar em fechar e deixar os utentes à sua sorte”, diz.

António Saraiva refere que essa tomada de posição, sobre qual o futuro dos lares, “será tão rápida” quanto possível, mas não indicou um prazo concreto.

“Estamos a avaliar, a ver o que é necessário, como vamos proceder e em que tempo o vamos fazer”, conclui.

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