O cão arraçado de pitbull, raça potencialmente perigosa, que atacou um menino de 18 meses em Beja já foi recolhido para um canil.
O caso ocorreu no domingo, 6, e a recolha foi efectuada esta segunda-feira, 7, sendo que o animal vai ser abatido daqui a oito dias, segundo a veterinária municipal.
"Não tenho outra solução", porque "é um cão perigoso, atacou, o miúdo está mal num hospital e, portanto, vai ter que ser abatido", disse aos jornalistas a veterinária municipal de Beja, Linda Rosa.
Após um pedido da PSP, a veterinária deslocou-se à casa onde o menino foi atacado e estava o cão e emitiu uma "solicitação de recepção" do animal, que foi recolhido para ao Canil/ Gatil Intermunicipal da Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente (Amalga), situado perto de Beja.
Como determina a lei, o cão, de nove anos, vai ficar isolado e em observação numa "box" específica do canil durante oito dias e depois "irá ser abatido", explicou a veterinária, referindo tratar-se de "um cão perigoso", porque "atacou uma criança" e, por isso, "o fim é a eutanásia".
O cão pertencia a um tio do menino, o qual vive na mesma casa com os pais e os avós da vítima, que está internada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Segundo explicou aos jornalistas o avô do menino, Jacinto Pinto, o cão estava "às escuras" na cozinha da casa, quando o menino foi àquela divisão e "caiu-lhe em cima" e o animal atacou-o.
O que aconteceu "não tem explicação", porque o cão "era meigo", "sempre conviveu com crianças" e, em nove anos de vida, "nunca" antes tinha atacado ou feito mal a alguém, disse Jacinto Pinto, mostrando-se surpreendido com o sucedido.
"O miúdo caiu para cima dele e ele atacou. Como ou porquê ao final de nove anos de convivência com a família? Está na natureza de todos os cães, particularmente estes cruzados de raças potencialmente perigosas, como o pitbull", disse Linda Rosa, referindo que, quando foi recolhido, o cão estava "bem tranquilo e não mostrou agressividade nenhuma".
Jacinto Pinto confessou que estava "desejando" que o animal fosse abatido e que "há um ano e tal" que tinha ido à Amalga para o tentar abater, porque "não tinha condições para ter o cão em casa".
Após o ataque, no domingo, ao final do dia, o menino ficou gravemente ferido e foi transportado pela própria mãe para o Hospital de Beja, onde entrou cerca das 19h00, contou à Lusa fonte hospitalar.
Cerca das 20h30 de domingo, de acordo com a mesma fonte, o menino, que tem "um traumatismo cranio-encefálico grave", foi transferido de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
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