Na véspera do arranque do IV Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva, que se vai realizar quinta e sexta-feira, dias 14 e 15 de novembro, em Ourique, o presidente da ACOS, Rui Garrido, antecipa que este será uma maneira de estudar, “em conjunto” com os vizinhos de Espanha, “uma série de problemas relacionados com a pecuária extensiva, que são muito semelhantes de um lado e doutro da fronteira”.
Qual a importância deste congresso para a pecuária extensiva do Baixo Alentejo?
É uma maneira de estudarmos, em conjunto com os nossos ‘vizinhos’ de Espanha, uma série de problemas relacionados com a pecuária extensiva, que são muito semelhantes de um lado e doutro da fronteira.
De que problemas estamos a falar?
Os problemas são basicamente os mesmos, a começar pelas secas. Depois, estamos num período de reforma da PEPAC e também aqui é extraordinariamente importante que, em conjunto, possamos debater estas questões. Porque na Europa ninguém sabe o que é a pecuária extensiva! Trata-se de um tipo de produção da zona ibérica e, por vezes, ao longo dos anos, tem acontecido que este tipo de produção fica um bocado desfavorecida naquilo que são as ajudas comunitárias. O problema do declínio do montado também vai ser discutido… Portanto, há uma série de questões que são comuns e que nós entendemos que é melhor tratar delas em conjunto do que isoladamente.
Também a questão da doença da “língua azul” estará sobre a mesa?
Sim, porque começou a aparecer em Portugal e já está em Espanha também.
A presença de responsáveis políticos neste congresso é importante?
Não sei ainda quem vem da parte espanhola, mas o nosso ministro vai estar presente no encerramento. Portanto, será também uma boa oportunidade para que ele oiça e se aperceba melhor daqueles que são os problemas da pecuária extensiva.