Já lá vão cinco anos desde que o aeroporto de Beja abriu. Mas abriu apenas, porque o seu funcionamento tem estado bastante aquém do esperado. Aqui e ali alguns voos charters, uma ou outra operação de manutenção e pouco mais… É pouco, muito pouco! Não chega ao que era minimamente esperado por todos os baixo-alentejanos que sempre defenderam o projecto e até fica muito abaixo das expectativas dos detractores do aeroporto. A aposta no aeroporto “não foi falhada”, mas “a sua concretização, por várias razões, falhou”, reconhece José Queiroz, antigo presidente da EDAB – Empresa de Desenvolvimento
do Aeroporto de Beja, na reportagem que o “CA” lhe apresenta na edição de 24 de Junho.
Por tudo isto, é legítimo perguntarmos: estará o aeroporto de Beja inevitavelmente condenado ao fracasso? Será mesmo a infra-estrutura um flop de grandes dimensões? Apesar das muitas reticências que continuam a colocar-se diante do projecto (principalmente por parte das ‘elites’ da capital), parece-nos bem que não… Mas muito tem de mudar, sob risco de os 33 milhões investidos no projecto não se multiplicarem em ganhos reais para a economia local.
Ora a questão que se coloca é como se consegue tal desiderato? Desde logo, com a concepção (e implementação prática) de uma verdadeira estratégia de desenvolvimento por parte da ANA, empresa responsável pela infra-estrutura. Uma estratégia que privilegie a captação de investidores ligados às operações de manutenção, à formação e ao desenvolvimento tecnológico! Uma estratégia que crie também condições para dar resposta ao potencial exportador da região, quando esta começar a vender em grande escala para o estrangeiro. E que esta estratégia seja, em paralelo, acompanhada pelo Estado, através da conclusão dos acessos rodoviários e da criação de ligações ferroviárias ao aeroporto. Se tudo isto acontecer, talvez o aeroporto deixe de ser a desilusão que tem sido nestes últimos cinco anos.
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