Aproveitar o que já existe

Sexta-feira, 10 Junho, 2016

Carlos Pinto

director do correio alentejo

Uma das regras capitais para o sucesso de qualquer negócio é tirar partido do que tem em mãos: seja a mais-valia dos seus qualificados recursos humanos, seja a especialização qualitativa dos seus serviços, seja o aproveitamento dos espaços físicos que tem à sua disposição. Não há empresa (de sucesso) alguma que não siga estas máximas. E se tal funciona em mercados altamente competitivos, por que não aplicar a mesma receita a outras escalas da economia, nomeadamente na tão necessária Economia Social.
Vem isto a propósito da situação bastante complicada em que se encontra a Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação de Casével, propriedade da Fundação Joaquim António Franco e Seus Pais. A funcionar desde 2011, a unidade tem acumulado prejuízos num valor total a rondar o meio milhão de euros, uma vez que o número de camas financiadas pelo Estado (21) não é suficiente para fazer face às despesas que uma infra-estrutura desta natureza implica. Daí que a solução tenha de passar, inevitavelmente, por mais camas comparticipadas pelo Ministério da Saúde.
Tivesse este reforço de camas que implicar mais espaço e, consequente, obras e mais despesas financeiras, e era legítimo que tudo se complicasse. Mas neste caso concreto basta somente a assinatura do ministro para o apoio de mais camas, que o espaço está lá todo à disposição.
Um desfecho simples para um problema que o anterior Governo nunca demonstrou vontade de querer resolver. Já o actual executivo assumiu recentemente a ambição de alargar a Rede Nacional de Cuidados Continuados. E no caso de Casével (como em outros existentes pelo país) trata-se simplesmente de aproveitar o que já existe. Assim se garantirá a sustentabilidade do serviço e, simultaneamente, se aumentará a capacidade de resposta da região numa área tão sensível como são os cuidados continuados.

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