Carlos Alberto Pereira. “Temos previstos vários mecanismos de apoio aos clubes”

Carlos Alberto Pereira

Em entrevista ao “CA”, Carlos Alberto Pereira revela as prioridades da sua candidatura à presidência da Associação de Futebol Beja (AFBeja), assumindo a ambição de, em conjunto com os clubes, avançar com uma reformulação e estabilização dos modelos competitivos.

Por que razão devem os clubes elegê-lo como novo presidente da AF Beja?

As pessoas que me conhecem dizem que quando abraço uma causa, abraço muito forte! Se os clubes me elegerem podem contar com experiência no dirigismo desportivo, amor ao associativismo e disponibilidade em termos de tempo para o cargo. Contudo, a razão mais forte é se me elegerem escolhem também uma equipa apta e motivada para pôr em prática o plano de ação que temos delineado para o futuro da AFBeja.

O facto de concorrer contra uma lista “de continuidade” relativamente aos atuais órgãos sociais da AF Beja é uma desvantagem para a sua candidatura?

Para nós, o mais importante da AFBeja são os clubes e os seus dirigentes, com os quais queremos privilegiar a proximidade e sinergias, pelo que nessa perspetiva estamos em vantagem face ao número de apoios que conseguimos reunir. A mudança na AFBeja, à semelhança de outras organizações, é necessária e ainda mais quando existe uma alternativa que apresenta uma nova visão de comunicação e envolvimento em relação aos seus colaboradores, aos seus sócios e outras entidades, para obter um progresso conjunto.

Em caso de eleição, e do ponto de vista estratégico, qual a sua maior ambição?

A nossa candidatura delineou um plano de ação devidamente estruturado e abrangente às áreas desportiva, financeira, administrativa e formação. Colocar em prática o nosso plano é a maior ambição da nossa equipa, o que indica a execução daquilo que foi proposto aos nossos clubes.

Para nós, o mais importante da AFBeja são os clubes e os seus dirigentes, com os quais queremos privilegiar a proximidade e sinergias.

Que projetos/prioridades traça para o seu mandato?
O nosso plano de ação inclui como prioridades intervenções na área desportiva, na qual projetamos parcerias com as diferentes entidades que estão ou possam estar ligadas ao desporto, apontando para uma melhoria contínua nas infraestruturas desportivas e no desempenho dos clubes. A nossa visão prevê, em conjunto com os clubes, uma reformulação e estabilização dos modelos competitivos. Na área financeira, tendo em conta a sustentabilidade da AFBeja, temos previstos vários mecanismos de apoio aos clubes que já são do conhecimento dos clubes com os quais reunimos. Na área da formação, vamos produzir um plano formativo visando todos os agentes desportivos da AFBeja e também específicos para as necessidades de cada clube. Vamos ainda incluir neste plano os familiares dos atletas da formação, para promover um clima de fair play. Na área administrativa, queremos um atendimento eficaz aos nossos sócios e projetamos a criação de procedimentos que visam aumentar a transparência no recrutamento de pessoal assim como na aquisição de bens e serviços.

Qual é, na sua opinião, o maior problema do futebol distrital e que solução preconiza para o mesmo?

A escassez de árbitros face ao número de jogos é um dos temas que nos preocupa, mas a nossa equipa candidata ao Conselho de Arbitragem, que é liderada pelo Jaime Vieira, preconiza no seu plano medidas que visam o recrutamento de árbitros jovens, assim como o seu acompanhamento para fomentar a melhoria contínua de competências e prevenção do abandono precoce, de onde destaco o “tutor do árbitro jovem”. Existem ainda várias oportunidades de melhoria, tais como voltar a ter um campeonato de futsal sénior na AFBeja, reverter o decréscimo do número de atletas femininos e ter uma intervenção mais abrangente no que respeita a observação dos jogadores que possam integrar as diferentes seleções distritais.

A questão dos seguros, sobretudo o seu custo, tem sido um dos problemas mais apontados pelos clubes. Que pretende fazer nesta matéria?

Sabemos que os custos com os seguros aumentaram consideravelmente nas últimas duas épocas e se é um problema dos clubes então é um problema nosso, pelo que já avançámos com algumas iniciativas para tentar perceber melhor o mercado e, caso sejamos eleitos, não nos vamos poupar a esforços para reverter a situação.

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