Basílica Real de Castro Verde reabriu após obras de requalificação

Os trabalhos de requalificação no interior e exterior da Basílica Real de Castro Verde “são o garante” de que o espaço manterá o seu “inegável valor histórico, simbólico e patrimonial, perdurando para além dos séculos”, considera a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro.

A governante esteve em Castro Verde, a 18 de março, na sessão de reabertura da basílica Real ao culto e às celebrações religiosas, depois de largos meses de profundos trabalhos de requalificação, num investimento avaliado em mais de 446 mil euros.

Para a secretária de Estado, tratou-se de um “exigente processo de reabilitação”, que permitiu recuperar “um património da maior relevância para esta zona do país, mas também a nível nacional”, elogiando “a perseverança determinante de todas as instâncias envolvidas” na empreitada.

“É do esforço conjunto que, muitas vezes, se torna possível desenvolver ações de preservação do nosso vasto património cultural e com uma dimensão e uma globalidade tão abrangente como esta”, reforçou Isabel Cordeiro.

Secretária de Estado da Cultura elogiou “a perseverança determinante de todas as instâncias envolvidas” na empreitada.

As obras de requalificação da Basílica Real são fruto de uma parceria, iniciada em 2017, entre a Fábrica da Igreja Paroquial e a Câmara de Castro Verde, num processo que tem tido igualmente a colaboração da Direção Regional de Cultura, da empresa mineira Somincor e da União de Freguesias de Castro Verde e Casével.

Numa primeira fase procedeu-se à pintura integral do exterior do monumento, limpeza e tratamento do telhado, portas e janelas, devolvendo ao mesmo natural dignidade.  Seguiu-se a conservação e restauro da pintura do coro alto e do nártex e, depois, o mural dos tímpanos e o teto pintado em madeira, onde surge ilustrado o “milagre da Batalha de Ourique”.

Para o presidente da Câmara Municipal, António José Brito, todo este processo “foi uma epopeia”, a que o município “disse presente” por sentir “que a Basílica Real é a imagem fundamental daquilo que Castro Verde representa no território e no país”.

“Não havia forma de olhar para trás. A Basílica estava num ponto em que precisava de fazer um caminho de requalificação que começou a ser feito”, sublinhou o autarca durante a cerimónia de reabertura, elogiando a “capacidade” que houve “de conjugar vontades e pôr no mesmo sentido todas as entidades” envolvidas.

Na opinião de António José Brito, em causa estava a conservação da “única basílica a sul do Tejo”, que é “um monumento extraordinário e muito diferenciador” e que, além de “espaço de culto, é também um espaço de agregação, de respeito, de proximidade e de união entre as pessoas do concelho e do território”.

Além de “espaço de culto, [Basílica Real] é também um espaço de agregação, de respeito, de proximidade e de união entre as pessoas do concelho e do território”, frisa o autarca António José Brito.

Também presente na cerimónia em representação do bispo de Beja, o padre Manuel António Rosário, que preside à Comissão Diocesana de Arte Sacra, mostrou-se bastante satisfeito com a intervenção realizada na Basílica Real de Castro Verde, “um dos mais belos, simbólicos e monumentais templos” da região.

O pároco recordou ainda que a Basílica Real foi uma das duas igrejas da Diocese de Beja consideradas “prioritárias” em candidaturas a apresentar a fundos comunitários.

“A magnanimidade da Basílica e a escassez de recursos disponíveis para todo o Alentejo obrigavam, contudo, a uma seleção na intervenção, de modo a candidatar apenas o que fosse considerado prioritário. A opção recaiu sobre as obras que hoje se inauguram, não estando na altura incluídos os tímpanos, que em boa hora foram integrados neste projeto de intervenção”, explicou.

O padre Manuel António do Rosário disse ainda que o processo de reabilitação da Basílica de Castro Verde “foi exemplar”, uma vez que, “além dos fundos comunitários, foi possível conjugar um conjunto de parcerias e colaborações” para a concretização das obras.

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Correio Alentejo

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