Artur Baptista da Silva dirigiu Instituto Piaget de Santo André

Artur Baptista da Silva dirigiu

Artur Baptista da Silva foi director do Instituto Piaget de Santo André e um dos interlocutores da Câmara de Santiago do Cacém na construção do pólo universitário daquela instituição, inaugurado em 2001, dois anos depois da conclusão da obra.
O presidente da câmara de Santiago do Cacém, Vítor Proença, confirmou à Lusa que Artur Baptista da Silva foi “um dos vários interlocutores do Piaget” durante o processo de construção daquela unidade do ensino superior.
“Relacionava-se com a Câmara, tal como outras pessoas. A Câmara tinha vários interlocutores do Piaget e um deles foi esse senhor”, disse o autarca, que era, na altura, vereador da Educação e da Cultura.
Artur Baptista da Silva – que se apresentava como "consultor da ONU", mas que entretanto afirmou que é apenas "colaborador voluntário" – foi director do Instituto Piaget, pelo menos, entre 1997 e 2001, de acordo com notícias consultadas pela Lusa e divulgadas, na altura, pelos órgãos de comunicação social regionais, e geriu as questões relacionadas com a construção do pólo universitário em terrenos públicos.
Os terrenos onde foi construído o pólo universitário são do Estado, mas foi a Câmara quem geriu o processo na sequência da transferência de competências do antigo Gabinete da Área de Sines para a autarquia.
“A autarquia manteve o compromisso assumido anteriomente pelo Estado de ceder o direito de superfície dos terrenos” ao Instituto Piaget, explicou Vítor Proença, acrescentando que “a Câmara tratou sempre com a máxima lisura dos interesses do município do ponto de vista do urbanismo”
A Agência Lusa contactou o Instituto Piaget de Santo André para obter mais esclarecimentos sobre a sua ligação a Artur Baptista da Silva, o que não foi possível.
Recorde-se que o "Correio da Manhã" noticiou que o homem, que se apresentou como consultor da ONU e especialista do Banco Mundial, dando nessa qualidade entrevistas a vários órgãos de comunicação social, foi o autor de dois atropelamentos mortais em Vila Nova de Santo André.
Num “esclarecimento” enviado à Agência Lusa, Artur Baptista da Silva apresenta-se agora como colaborador “voluntário” da ONU e admite ter cumprido pena de prisão por ter atropelado mortalmente, em 2002, uma “cidadã septuagenária quando circulava (…)à velocidade de 35Km/hora”.
Admite igualmente ter sido condenado "por factos ocorridos há mais de 30 anos, enquanto administrador de uma empresa internacional".

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Correio Alentejo

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