A Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA) congratula-se com a proposta de remoção do tráfego não comercial do Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), mas defende que a solução preconizada para Beja poderia ser “mais ambiciosa”.
No relatório de curto prazo entregue ao Governo, no início de setembro, a Comissão Técnica Independente (CTI) para o estudo da expansão aeroportuária de Lisboa defende que a Base Aérea de Beja, “nas condições atuais de acessibilidade, não pode ser uma alternativa comercial para gestão das pontas de tráfego de passageiros do AHD [Aeroporto Humberto Delgado] e do Aeroporto de Faro, mas pode ser considerada para acolher operações exclusivas de carga e de charters não regulares, libertando espaços do AHD”.
“Esta proposta poderia ser mais ambiciosa, dado que o aeroporto de Beja tem um elevado potencial”, contra-argumentam os ambientalistas.
A CPADA afirma ainda que, “mesmo sem uma ação comercial determinada, que permitiria colocar esta infraestrutura no ‘radar’ de companhias aéreas de baixo custo e sem o desenvolvimento de acessibilidades ferroviárias e rodoviárias que permitiriam a sua ligação mais eficiente a Lisboa e ao Algarve, Beja tem atraído um número crescente de voos particulares, para além de utilizações pontuais como aconteceu nas jornadas da juventude e por um clube de futebol”.