Ambientalistas contra nova central solar em Ferreira do Alentejo

Enetgia fotovoltaica - central solar

A associação ambientalista Zero critica a construção de uma central solar fotovoltaica em Ferreira do Alentejo, investimento de 156,4 milhões de euros que está a ser desenvolvido pelas empresas IncognitWorld Unipessoal e a Qsun Portugal 4 Unipessoal.

Em comunicado, a Zero afirma que o projeto, cuja fase de consulta pública ao Estudo de Impacte Ambiental terminou nesta segunda-feira, 10, coloca “em causa uma das áreas mais ricas do Baixo Alentejo” para a conservação da natureza.

Os ambientalistas observam que o projeto abrange uma área de 750 hectares numa zona de afloramentos rochosos dos Gabros de Beja, conhecida como a Serra do Paço, na “fronteira” entre os concelhos de Ferreira do Alentejo e de Beja.

Para a Zero, trata-se de “uma área ímpar do Baixo Alentejo” ao nível da conservação da natureza, que “deveria ser protegida, contribuindo para o cumprimento da meta de proteção de 30% das áreas terrestres da União Europeia até 2030, definida na Estratégia para a Biodiversidade”.

Na sua participação no processo de consulta pública, a associação sustenta que no local existem oito núcleos com espécies vulneráveis, criticamente em perigo ou quase ameaçadas, que serão “afetadas diretamente pela implementação dos painéis, instalação da vedação, caminhos novos e faixa de gestão de combustível”.

Os ambientalistas argumentam ainda que a área escolhida localiza-se “totalmente fora” das zonas preferenciais de um estudo coordenado pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia para a instalação deste tipo de projetos.

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