Vinho de talha classificado como Património Cultural Imaterial

Vinho de talha

O vinho de talha, que ainda se produz nos concelhos de Aljustrel, Beja, Moura, Serpa e Vidigueira, foi inscrito no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI) pela Direção Geral do Património Cultural (DGPC).

Segundo a DGPC, com esta inscrição, cujo despacho será em breve publicado em Diário da República, é reconhecida a importância da produção de vinho de talha “enquanto reflexo da identidade da comunidade envolvente e a sua profundidade histórica e evidente relação com outras práticas inerentes à comunidade”.

Em comunicado enviado ao “CA”, a DGPC explica que “este tipo de produção do vinho, próprio do Alentejo, caracteriza-se por um processo de vinificação natural que remonta à época romana, em que as uvas, depois de esmagadas com recurso a um moinho ou uma mesa de ripanço, transformam-se no mosto que se deposita em talhas de barro para fermentação e cozedura por um período aproximado de 40 dias, até o vinho ficar pronto a ser bebido”.

Trata-se de uma prática de vinificação que, “de acordo com dados de 2018-2019, se mantém ativa nos concelhos de Aljustrel, Beja, Campo Maior, Cuba, Elvas, Estremoz, Marvão, Mora, Moura, Serpa e Vidigueira, e 134 produtores identificados”, acrescenta.

A DGPC adianta igualmente que o pedido de inscrição da manifestação no INPCI foi proposto pela Câmara de Vidigueira, “entidade que encetou trabalho de investigação para aprofundar o conhecimento sobre a produção de vinho de talha, com o objetivo de inventariação na plataforma MatrizPCI (http://www.matrizpci.dgpc.pt/), onde, a partir de agora, o público pode ter acesso a toda a documentação”.

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