A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira está a realizar um abaixo-assinado, devido à degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no concelho.
Segundo o texto do abaixo-assinado, a população “está confrontada com graves dificuldades de acesso aos cuidados de saúde” em Odemira, onde há falta de médicos de família.
“É inadmissível que em algumas localidades a população só tenha cuidados médicos de 15 em 15 dias”, critica a Comissão de Utentes, aludindo ainda ao facto de diversas extensões de saúde estarem “muito degradadas” e “com promessas de há vários anos para a reparação e/ou construção de novos edifícios”, nomeadamente em Sabóia e em Vila Nova de Milfontes.
No abaixo-assinado, os utentes lamentam igualmente o encerramento da Extensão de Saúde de Luzianes-Gare, o que obriga a população “a deslocar-se para outra freguesia, fazendo mais de 30 kms para obterem cuidados de saúde”.
A juntar a isto, “no Serviço de Urgência Básico do Centro de Saúde de Odemira os utentes esperam largas horas para serem atendidos, com a agravante de serem crianças e idosos”, acrescenta o texto.
Estes problemas levam a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira a exigir ao Governo, entre outros pedidos, a atribuição de médico de família “a todos os utentes”, a “construção e/ou reparação do Centro de Saúde de Odemira e das extensões de Saúde de Saboia e de Vila Nova Milfontes” e a “reabertura da extensão de Saúde de Luzianes-Gare”.