Reguengos rejeita críticas da Protecção Civil de Setúbal

Reguengos rejeita críticas

A Câmara de Reguengos de Monsaraz rejeita as críticas do coordenador municipal da Protecção Civil de Setúbal, que afirmou que o concelho alentejano, destacado para apoio a Setúbal em situações de emergência não tem capacidade de resposta.
O concelho de Reguengos de Monsaraz, definido como região de apoio imediato ao Município de Setúbal em caso de sismos graves, não tem capacidade de resposta em caso de emergência, disse no domingo, 9, o coordenador municipal da Protecção Civil setubalense.
Este foi o principal problema detectado num simulacro que decorreu no fim-de-semana em Setúbal, organizado para avaliar a preparação do dispositivo municipal de protecção civil e a avaliação da capacidade de resposta a 200 desalojados em caso de sismo, adiantou à Lusa José Luís Bucho, coordenador da Protecção Civil de Setúbal.
O responsável explicou à Lusa que o plano de risco sísmico para a área metropolitana de Lisboa, elaborado pela Autoridade Nacional da Protecção Civil, define o concelho de Reguengos de Monsaraz como localidade de apoio imediato a Setúbal em caso de emergência, com a missão de prestar socorro nas primeiras horas.
Segundo José Luís Bucho o simulacro deste fim-de-semana demonstrou “a incapacidade” de resposta do concelho alentejano, “que não tem uma estrutura capaz de prestar qualquer apoio”, existindo apenas “boa-vontade, meios humanos e uma viatura”, que não tem utilidade em caso de impossibilidade de o socorro seguir por via terrestre.
Em comunicado, o município do distrito de Évora esclareceu que “a Protecção Civil de Reguengos de Monsaraz não participou neste simulacro porque não foi convidada para tal”.
“Apenas se fez representar como ‘observadora’ sem que lhe tenha sido atribuída qualquer missão neste simulacro. Obviamente não se pode afirmar que Reguengos de Monsaraz “não tem uma estrutura capaz de prestar qualquer apoio” se essa estrutura nem foi testada, ou seja, não participou no simulacro”, acrescenta o comunicado.
De acordo com o documento, a Protecção Civil Municipal de Reguengos de Monsaraz não foi convidada a participar em qualquer reunião de preparação do simulacro, o que levou a que os meios de Protecção Civil do concelho, como a GNR ou os bombeiros voluntários “não tivessem sido mobilizados para o mesmo, ao invés do que teria sido normal se a coordenação do simulacro tivesse sido a correcta e exigível”.
A autarquia alentejana sublinha ainda que em cumprimento do Plano para o Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa tem uma equipa multidisciplinar “devidamente constituída e nomeada” pela Protecção Civil de Évora, a qual “desconheceu completamente este exercício”, não tenho havido qualquer convite de participação no simulacro, nem sequer na condição de observador.
“O Município de Reguengos de Monsaraz, que apenas teve conhecimento deste exercício através de um e-mail enviado para o e-mail “geral” informando que o mesmo iria acontecer cerca de 20 dias depois, aconselha, assim, que esta entidade de Protecção Civil se abstenha de proferir avaliações sobre meios que não foram minimamente avaliados neste exercício”, lê-se no comunicado.
A autarquia manifesta ainda a sua “total disponibilidade” para “de forma coordenada com as restantes entidades que não podem ser esquecidas neste exercício” testar os meios “que tem à disposição de todos os setubalenses para apoiar eventuais ‘teatros de operações’ desta natureza”.

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Correio Alentejo

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