A Assembleia Municipal de Reguengos de Monsaraz aprovou uma moção em que repudia o eventual encerramento da repartição de Finanças da cidade, considerando que a medida, a avançar, vai causar “graves transtornos” à população.
“Está posta em causa, a singrar tal proposta, a qualidade do serviço público, de proximidade e continuidade”, constituindo o fecho “um corte cego de um serviço público imprescindível”, com “graves transtornos para a população e para a economia local”, pode ler-se no documento da Assembleia Municipal (AM).
A moção foi apresentada pelos eleitos do PS e aprovada por unanimidade.
No texto, é referido que “o Governo, através do Ministério das Finanças, assumiu que irá proceder ao encerramento do serviço de Finanças” do concelho, mantendo apenas abertas, no distrito de Évora, as repartições de Évora, Estremoz e Montemor-o-Novo.
“Esta política de encerramento e redução de serviços públicos essenciais cria um país a duas velocidades, com portugueses de primeira, que pagam os seus impostos e têm direito a serviços públicos, e portugueses de segunda, que pagam igualmente os seus impostos, mas que não têm direito a muitos desses mesmos serviços”, critica a moção.
A avançar, o fecho das Finanças de Reguengos de Monsaraz vai traduzir-se “num forte ataque à qualidade de vida da população” local e contribuir “para a desertificação, agravando o isolamento” dos habitantes.
A AM argumenta ainda que o volume de negócios na repartição da cidade justifica a sua continuidade, sendo mesmo “de tal forma elevado” que a câmara “já respondeu favoravelmente a pedidos de disponibilização de recursos humanos municipais para apoio administrativo”.
Os subscritores da moção manifestaram o seu “total repúdio e oposição” ao possível encerramento do serviço, tendo o texto sido enviado para vários órgãos de soberania.
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