Após 35 anos da "Lei Barreto", que levou ao fim da Reforma Agrária, a agricultura alentejana enfrenta novos desafios, como o regadio e a necessidade de produzir mais, defendidos por representantes dos "dois lados da barricada" do movimento.
A conversão do sequeiro em regadio, "aproveitando o enorme potencial" do Alqueva e de outros regadios, é um "desafio essencial" para o futuro da agricultura alentejana, diz à Agência Lusa o militante e antigo deputado do PCP José Soeiro, que, há 37 anos, em plena Reforma Agrária, dirigia o Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas do Distrito de Beja.
Sobretudo no Baixo Alentejo e devido ao Alqueva, "têm sido feitos grandes investimentos no regadio", o que "dá alguma esperança" à agricultura alentejana, destaca, por seu turno, o presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA), Castro e Brito.
No entanto, frisa Castro e Brito, o regadio do Alqueva "não resolve todos os problemas" da agricultura alentejana, porque só vai abranger 110 mil dos cerca de 1.800 mil hectares de superfície agrícola do Alentejo.
Há uma "vasta área" onde os agricultores são obrigados a continuar a fazer "uma agricultura extensiva de sequeiro, olhando para o céu, à espera que chova, e dependente de ajudas comunitárias".
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