Mais de 330 quilómetros cronometrados e o regresso aos jardins do Casino Estoril são os destaques do Rali de Portugal 2014, que volta a ter “epicentro” no Baixo Alentejo.
A prova faz parte do calendário do Campeonato do Mundo WRC e foi apresentada esta segunda-feira, 10, em Lisboa.
O primeiro momento de competição do rali, que decorre de 3 a 6 de Abril, é uma super-especial de 3,27 quilómetros na tarde de quinta-feira, com o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, como pano de fundo.
Seguem-se depois três dias de corrida em troços de terra no Algarve e Baixo Alentejo, num total de mais de 336 quilómetros cronometrados em localidades como Silves, Ourique, Almodôvar, Santa Clara-a-Nova, Santana da Serra, Malhão, Loulé e São Brás de Alportel (um regresso ao Rali de Portugal).
"Novidades: a classificativa mais longa do rali, que é Santana da Serra [31,90 km], vai ser feita este ano em sentido contrário, o que, para os pilotos, é uma novidade completa", explicou o director da prova, Pedro Almeida, acrescentando que este ano também a tradicional Power Stage (última classificativa especial que atribui pontos extra aos mais rápidos) vai sofrer alterações, por imposição do promotor do WRC.
O novo formato para as provas europeias do WRC impõe que a Power Stage tenha uma extensão entre 10 e 15 quilómetros e início obrigatório às 11h00, pelo que a organização da prova abdicou do formato do ano passado, em que a Power Stage foi uma segunda passagem pelos 52 quilómetros de Almodôvar.
"Passámos assim para uma versão mais curta em Loulé, apenas com 14 quilómetros, porque esse troço vai ser transmitido a nível mundial pela televisão. É preciso uniformizar procedimentos, portanto, teremos Loulé como troço final do rali", salientou Pedro Almeida.
Para a 48ª edição do Rali de Portugal estão inscritos mais de 80 carros, 15 dos quais do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC), além dos principais pilotos portugueses – como Bernardo Sousa, Pedro Meireles, Rui Madeira e o campeão nacional Ricardo Moura -, já que a primeira etapa é pontuável para o Campeonato Nacional de Ralis.
Apesar da liderança de Sebastien Ogier (Volkswagen Polo-R) no Mundial de pilotos (com três pontos de vantagem sobre o seu companheiro de equipa Jari-Matti Latvala), Pedro Almeida não arrisca favoritos.
"A Volkswagen tem dado ao longo do último ano e meio uma prova de superioridade, mas os ralis são difíceis de prever. Um incidente, mecânico ou não, pode sempre acontecer. […] Mas há outros pilotos que dão nas vistas […] e tenho a certeza de que o rali será bastante competitivo", afirmou.
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