A governação da Câmara de Beja pode vir a tornar-se um verdadeiro “quebra cabeças” para o seu novo presidente, o social-democrata Nuno Palma Ferro, que assume funções nesta sexta-feira, 31, pelas 11h00.
Com apenas dois eleitos no executivo, tal como PS e CDU (o Chega também garantiu um mandato), a coligação Beja Consegue, que junta PSD, CDS-PP e IL, tem pela frente um imenso desafio em garantir soluções de estabilidade para poder gerir o município da capital de distrito.
Para “contornar” esta dificuldade, Nuno Palma Ferro propôs que Maria João Ganhão, que foi número dois na lista do PS nas eleições deste ano, assumisse a vereação com pelouros e a tempo inteiro, o que foi rejeitado “por unanimidade” pela concelhia socialista.
O presidente eleito fez igual proposta ao candidato da CDU, Vítor Picado, mas até ao final da tarde de quarta-feira, 29, ainda não tinha obtido qualquer resposta.
“Formalizamos a proposta à CDU e continuamos à espera que eles respondam. Não houve nada de novo”, reconheceu Nuno Palma Ferro ao “CA”, acrescentando apenas que “as negociações estão a decorrer”.
Caso também a CDU recuse a proposta do Beja Consegue, “resta” o vereador eleito pelo Chega, David Catita, a quem Nuno Palma Ferro também endereçou um convite para assumir pelouros, mas não a tempo inteiro.
“Estou à espera primeiro de resolver o assunto com a CDU e depois falarei com o Chega. Mas terei sempre um contacto com o Chega”, afiançou o novo presidente da Câmara de Beja, que a menos de 24 horas da sua tomada de posse não se mostrou nada apreensivo com um cenário de governação “ingovernável”.
“Na sexta-feira todos vamos tomar posse como vereadores da Câmara Municipal de Beja, em que eu serei o presidente, com poderes institucionalmente dirigidos a partir do momento da tomada de posse. E não é obrigatório ter já os pelouros todos definidos, até pode não acontecer na primeira reunião de Câmara”, frisou.
Por isso, continuou Palma Ferro, “vamos continuar a falar, à espera de atingir o melhor acordo possível”.












