A menos de um ano das Autárquicas de 2025, a nova presidente da Distrital de Beja do PSD, Andreia Guerreiro, revela ao “CA” as metas do partido para esse ato eleitoral, confirmando a (re)candidatura de Nuno Palma Ferro na capital de distrito.
Qual a meta traçada, desde já, pela Distrital de Beja do PSD para as eleições Autárquicas de 2025?
A meta é a apresentação de candidaturas a todos os concelhos que constituem o distrito e um aumento significativo do número de eleitos.
Almodôvar e Ourique são autarquias onde o PSD acalenta reais aspirações de reconquistar?
Recorde-se que ambos os concelhos já foram do PSD e, naturalmente, a vontade de os reconquistar é grande, derivado desse histórico, até porque os anteriores autarcas sociais-democratas desenvolveram um trabalho muito bom nos seus mandatos. Acresce que em Almodôvar, o atual autarca do PS [António Bota] está no fim de ciclo de mandatos permitidos e isso, agregado ao trabalho que o PSD tem vindo a fazer na oposição, tanto na autarquia como na Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia, confere ao nosso partido uma responsabilidade acrescida de apresentar uma candidatura forte, que seja agregadora e concretize a vontade que a população tem vindo a demonstrar de que quer que exista uma mudança neste concelho. Em Ourique, os autarcas eleitos, tal como em Almodôvar, têm feito um caminho excecional ao nível da oposição, apresentando-se como a melhor alternativa ao poder instalado. Obviamente que a eleição do Gonçalo Valente como deputado e o trabalho que tem vindo a desenvolver – e que está à vista de todos – veio consolidar e dar maior visibilidade ao PSD no concelho e no distrito e isso maximiza o seu potencial mobilizador. Para além deste trabalho, ao nível do Governo e do nosso primeiro-ministro, Luís Montenegro, as pessoas estão a ver medidas concretas a ser implementadas, assim como projetos importantíssimos que estiveram na gaveta durante muitos anos a ser concretizados, sendo que existe também uma preocupação que o Governo AD tem conseguido demonstrar ao nível da proximidade que quer ter com as populações e que nunca se viu no Governo PS. Penso que isso é muito importante para as pessoas se sentirem ouvidas e valorizadas. Por tudo isto, não gostaria de me cingir a Almodôvar e Ourique, pois ressalvo que, para a Comissão Política Distrital, os 14 concelhos são todos importantes e em todos trabalharemos afincadamente para apresentar projetos vencedores nos quais as pessoas se revejam.
Gonçalo Valente será o cabeça de lista em Ourique e a própria Andreia em Almodôvar?
Ainda não nos iremos pronunciar sobre esses dados. As secções estão a trabalhar e serão ouvidas pela Distrital, que tem como objetivo ser um elemento de apoio e não de imposição no trabalho de seleção dos candidatos melhor posicionados para cada concelho. No entanto, é óbvio que temos objetivos claros e pretendemos que existam projetos vencedores, que sejam capazes de unir as pessoas, que sejam credíveis, abertos a todos aqueles que a eles se queiram juntar e nos quais as populações se revejam.
Nuno Palma Ferro já assumiu ser candidato do PSD à Câmara de Beja em 2025. Quais as expetativas?
A candidatura de Nuno Palma Ferro é a candidatura natural e melhor posicionada como alternativa em Beja. O Nuno Palma Ferro tem feito um percurso excecional como vereador da Câmara e como líder do Beja Consegue, projeto que mobiliza pessoas de vários quadrantes políticos do concelho e que une estas pessoas em torno de ideias muito concretas sobre o que querem para Beja e com uma visão muito clara do desenvolvimento que ensejam para o seu território. Considero que este é um projeto que já está de “mangas arregaçadas”, tem mostrado trabalho e pode alcançar grandes resultados, pelo que a população só precisa de fazer o exercício de compreender as diferenças entre o passado, o presente e o futuro que podem ter com Nuno Palma Ferro e a equipa que se constituirá para mudar o rumo de Beja.
Teme que o crescimento eleitoral do Chega na região possa prejudicar o PSD nas Autárquicas de 2025?
Não! Refira-se que as Autárquicas são eleições muito específicas, onde mais do que partidos o principal elemento vinculativo de voto são as pessoas. Estamos a trabalhar para nos apresentarmos a eleições com projetos muito bem consolidados e acreditamos verdadeiramente que podem ser vencedores. Estamos a trabalhar com pessoas que têm provas dadas da sua capacidade de trabalho e de mobilização e, por isso, o nosso foco são os nossos projetos e não o ponto de situação dos restantes partidos.
Gonçalo Valente será o coordenador do PSD Beja nas Autárquicas de 2025. Porquê esta escolha?
A escolha é natural, até porque não se preparam eleições Autárquicas apenas num ano. Os processos desenvolvem-se continuamente ao longo de vários anos e o Gonçalo Valente, como anterior presidente da Distrital, já vinha consolidando o trabalho junto de várias pessoas e projetos que não podíamos agora descurar, por isso a sua nomeação. Cabe-nos agora fazer a “ponte” entre esse trabalho e o caminho que ainda temos de percorrer, para ir solidificando os projetos que pretendemos apresentar em cada concelho.