O presidente da Federação do Baixo Alentejo (FBA) do PS acusa o Governo PSD/ CDS-PP de estar “a retirar as verbas existentes para a conclusão do Alqueva, desviando-as para outros objectivos políticos”, o que fará com que obra fique “incompleta” e não seja “concluída”.
Em comunicado, o também deputado Luís Pita Ameixa rejeita assim a informação veiculada na passada semana pelo PSD, onde era garantido que o projecto Alqueva “estaria contemplado com verbas do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) para as respectivas obras”.
De acordo com o parlamentar, “das verbas existentes para finalizar o Alqueva já foram retirados 100 milhões de euros”, entretanto reafectados “a outros fins”.
E com a reprogramação feita pelo Governo PSD/ CDS-PP “foi suprimido o eixo de financiamento exclusivo ao Alqueva, quanto à rede primária, e para esta já não há verbas suficientes que garantam a sua conclusão. E, sem rede primária de distribuição de água não há rede secundária que possa regar”, sublinha Pita Ameixa, acrescentando que no que toca à rede secundária de rega “o PSD apresenta um valor de 160 milhões de euros disponíveis, quando na verdade está a contabilizar aí 70 milhões de euros que fazem parte dos pagamentos a efectuar quanto a obra que vinha sendo feita”.
“Assim, as sobras existentes são tão só de 97 milhões de euros. Isto para necessidades de financiamento de cerca de 225 milhões de euros”, conclui o líder dos socialistas baixo-alentejanos, que aponta o dedo ao Governo PSD/ CDS-PP por “parar os processos de obras do Alqueva” e desvalorizar “o projecto”.
Paralelamente, Pita Ameixa revelou em comunicado que aguarda resposta por parte do ministro da Saúde, Paulo Macedo, às questões por si colocadas sobre o possível encerramento do Hospital de Dia e sobre a data de entrada em funcionamento da nova Unidade de Psiquiatria e Saúde no Mental da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, em Beja.
Finalmente, Luís Pita Ameixa adiantou ainda que votou na Assembleia da República contra a proposta de lei do Governo que visa a extinção de freguesias.
“O voto contra do PS foi fundamentado na defesa da autonomia do Poder Local e na reclamação de um processo diferente de abordar a sua reforma, como um todo coerente, que se justifica para reforçar o serviço público e a sua eficiência”, argumentou o deputado socialista.
