O projeto artístico “Malacate”, dinamizado pela companhia Cepa Torta, está de regresso à aldeia da Mina de São Domingos, no concelho de Mértola, para contribuir “para uma nova centralidade cultural”.
“Esperamos que este ‘Malacate’ renovado faça o seu caminho junto com a comunidade da Mina de São Domingos e contribua para uma nova centralidade cultural no Baixo Alentejo, participada e diversa”, explica a companhia Cepa Torta em comunicado enviado ao “CA”.
Com direção artística de Inês Achando e Miguel Maia, o “Malacate” é promovido pela Companhia Cepa Torta e coproduzido pela Câmara de Mértola.
A iniciativa sucede ao projeto de intervenção artística multidisciplinar com o mesmo nome, criado especificamente para a Mina de São Domingos e que decorreu ente 2021 e 2023, com financiamento do fundo EEAGrants e o apoio do município.
Nesse período, lembra a companhia, o projeto “teve como vetor o trabalho artístico contemporâneo que surge do encontro entre os locais e uma comunidade de artistas sustentado no processo de mediação comunitária”.
A iniciativa regressa agora, em 2025, até junho, por iniciativa da Cepa Torta e da Câmara de Mértola, com o apoio e parceria da Fundação Serrão Martins, associação Terra Sintrópica, Grupo Coral da Mina de São Domingos e ALSUD – Universidade Sénior.
O programa da temporada de 2025 do “Malacate” inclui a terceira edição do “Vagabundas – Residência Artística Mercedes Blasco”, por intermédio de Carminda Soares, com o projeto “Ferrugem”, e Inês Minor, com “Raiz de curandeira”.
Ainda no âmbito das residências artísticas está previsto, para 4 de maio, um dia aberto para apresentação do trabalho desenvolvido.
Entre os dias 26 e 30 de maio será apresentada a criação artística coletiva “Retrato”, um percurso pedestre que dá a “conhecer aos visitantes uma “Mina de Memórias” através do olhar dos seus habitantes”, enquanto de 2 a 14 de junho vai realizar-se nova residência artística, com a participação das associações culturais CAMA e Meio do Mato, assim como do coletivo Ocre, que incluirá diversas atividades ligadas à cultura local.
“Estas estruturas desenvolverão uma proposta artística que apresentarão à comunidade, que selecionará aquela que dará origem ao espetáculo comunitário a realizar em 2026”, revela a Cepa Torta.
Foto: DR_Sónia Godinho